terça-feira, 15 de julho de 2014

HISTORIAS QUE INVENTO, HISTORIAS QUE ME ACONTECEM ( A GOSTOSA DO UM MEIA NOVE )

 A GOSTOSA DO UM MEIA NOVE


Era para ser um dia comum de trabalho, 
como todos os outros.
Meu nome é Johnny. Sou porteiro de um edifício  chique
de um bairro nobre de Recife. Um lugar tranquilo, e bom de se trabalhar.
Mas, nesse dia... tenho que lhes contar essa historia...
lá vai:
Chegara uma encomenda, para o apartamento 172,
no primeiro andar do edifício
E como não havia outra pessoa para levar a encomenda;
e não era tão longe já que o edifício possui 12 andares.
Resolvi eu mesmo levar a tal encomenda.
Telefonei para o 172 avisando:
- " Alo! ". Falaram ao telefone.
- " Alo! professor Julho? ". Perguntei.
- " sim! ". Ele me disse.
- " Aqui é o Johnny da portaria, é que chegou uma encomenda pro senhor; posso leva-la agora? "
- " sim, sim, já estava pensando nisto; pode trazer meu rapaz, pode trazer. "
- " Então dentro de dez minutos estarei ai professor. "
Desliguei o telefone, e falei pro segurança:
- " tenho que ir no primeiro andar levar essa encomenda; volto logo. ".
- " E o mensageiro, por onde ele anda? "
Perguntou o segurança.
- " Não sei. Volto logo. ". Respondi e segui para o elevador. Detesto escada.



O elevador demorou... 
e quando veio, trouxe consigo o morador mas chato do do prédio, seu Rafael. Este pisa no chão, porque não há outro jeito para ele... senão... enfim. Dei-lhe um bom dia embora já saberia qual seria o resultado:
 não foi correspondido, é claro. O homem simplesmente virou a cara; e seguiu em direção a garagem.
Entrei no elevador, apartei o botão do andar  para onde ia... e fiquei admirando a encomenda em minhas mãos.
Queria tanto adivinhar oque tinha dentro da caixinha
que me espantei quando ele chegou ao destino.
Sai. O corredor estava deserto. Dava pra se sentir o próprio coração...
Ate que à quatro portas de eu cumprir minha missão...
ouvi uma voz dizendo: - ' Ah, é! é assim! você não quer...
então, já que você não quer, sabe que vou fazer? 
vou dar pro porteiro. Vai ser a primeira coisa que vou fazer assim que o ver hoje, fique sabendo. ".
A voz, era de dona Tâmara, do 169.
A gostosa do um meia nove. É como nós da portaria
a chamamos, sem ela saber é claro. Quando ela passa para à ginastica... meu deus... que espetáculo.
Segui nas pontas dos pés, para não ser notado no corredor, bati na porta do professor:
- " quem é? ". Ele perguntou do outro lado.
Respondi: - " Sou eu, professor, o Johnny. ".
E olhei para a porta da gostosa, com medo que ela me ouvisse. Eu não saberia oque responder...  pensava eu...
se D. Tâmara abrisse a porta naquele instante.
Ate que o professor abriu a porta, eufórico.
- " Como vai meu bom rapaz? Como tem passado? "
- " Ah, bem! bem! ". Respondi movendo de novo a cabeça para trás. O professor espantou-se, e me
perguntou: - " ouviu alguma coisa? "
- " o que? " 
- " Você ouviu alguma coisa? ". Perguntou ele novamente... com ar de desconfiança .
- " Não! não. " Respondi e compartimentei:
- " professor, o senhor me desculpe, mas hoje tenho muito serviço na portaria, me desculpe a pressa! "
- " Não se preocupe meu rapaz, eu entendo perfeitamente: (  é a alma dos nossos negócios! ) " Respondeu ele brincando. Acho que com uma letra de musica. Ele gosta muito de musica.
- " Aqui esta sua encomenda professor. "
- " Que bom! " disse ele.
- " Agora tenho que ir, bom dia professor! "
- " Bom dia meu rapaz, e bom trabalho! ".
- " obrigado! ". Sai, e deixei o professor, na porta;
segurando a encomenda.
Passei enfrente ao 169, quase que na ponta dos pés;
antes de virar o corredor, olhei para trás, e ele ainda
estava lá em pé; acenou-me com a mão.
Eu acenei, e enfim, fui pro elevador.



_ " sera que o professor Julho também ouviu oquê ouvi! ". pensava eu. O professor julho é um dos melhores moradores daqui do condominio. Gosto dele. Esta sempre de bom humor; não faz fofoca o que numa hora dessas mas me tranquilizou.
E quanto a gostosa,  me perguntava:
- " mas, o que sera que dona Tâmara quer dar para mim? E quem seria esse que rejeitara algo de D. Tâmara? Amante, ate onde eu sei ela não tem.
Sera que o marido dela esta deixando-na?
Mas, aquela gostosa sozinha, e vem  escolher logo
a mim, para socorre-la?  E logo agora que estou quase virando crente! Mas, que tentação mais fora de hora essa! ". E lá estava eu pensando em D. Tâmara:
ora usando uma roupa super sensual; ora nua me dizendo: - " Johnny, tenho uma coisa para te dar...
vem comigo Johnny, vem comigo. ".



E só era despertado do sonho, quando algum me dizia:
- " Oh! oh rapaz! ta amando! A sr Philips ai que entrar; 
que tempo ela buzina. ". E eu saia as pressas:
- " Já vai senhora, já vai, pronto pode passar ...
desculpe a demora senhora! Bom dia! " .
Por um momento enfim consegui me convencer que
devia ficar na minha; me concentrar no meu trabalho;
afinal vai ver não é nada de mais.
Mas, é incrível senhores, senhoras, os delírios que uma mulher bonita pode provocar num homem.
Por volta do inicio da tarde, lá estava eu cuidando
de meus afazeres quando o segurança falou:
- " Lá vem a gostosa do um meia nove . "
Olhei para trás: que visão! Ela ia para sua ginastica;
usava uma roupa de malha toda cor de rosa; 
" Minha panterinha! ". Foi oque pensei comigo mesmo.
Ate que ela me disse, antes de se dirigir a garagem:
- " Seu Johnny, quando eu voltar quero te uma palavrinha com senhor, esta bem?
- " Certo, respondi, estarei as ordens D. Tâmara.
uma boa tarde para senhora! ". E ela me respondeu com seu sorriso sempre sensual antes de sumir de minha visão: - " boa tarde! " .



Quando me virei, vi meu irmão segurança, boquiaberto;
olhando para mim como um gárgula; Desses que a gente vê em filmes de terror antigos, pois ele é alto e magro;
e me perguntou espantado: - " Que será que ela tanto que com o senhor, seu Johnny?
- " Vai ver ela ta fazendo algum curso de psicologia por correspondência, e me quer como cobaia. ".
Respondi eu brincando, e me sai... sem antes ouvi o segurança dizer: - " Eu queria ser cobaia dela também! " .
Nesse meio tempo, não é difícil de se imaginar a minha preocupação; não me saia da mente a voz determinada
e em tom de vingança de D. Tâmara dizendo:
-  " Vou dar pro porteiro, vai ser a primeira coisa que vou 
fazer assim que o ver...". E procurava eu uma maneira de fugir de D. Tâmara: muito trabalho à fazer;  tenho que largar mais cedo, pois preciso ir ao medico;
deixe pra manhã D. Tâmara... ensaiava eu...
tão concentrado que nem vi quando ela retornou da ginastica. Só fui avisado, quando o segurança me disse:
- " Oh seu Johnny! a sua psicologa acabou de ligar....
ela disse que pro senhor dar um pulinho lá no 169 assim que o senhor puder... "
Respirei fundo, e disse: - " Diga a ela, diga a ela que já vou. " . E segui ao meu destino...



Fui de escada... precisava ganhar tempo... era muita tentação pra um dia só.
Ensaiava eu mais uma vez minhas desculpas:
D. Tâmara, sou casado; a senhora é casada;
sabe como são estas pessoas aqui do condominio,
tirando o professor julho, é claro. Um bom homem...
ate que ao virar o corredor....
lá estava ela. Em pé enfrente a porta. Banho tomado,
sem a roupa da ginastica....



Usando porem: uma roupa ainda mais provocante,
uma camiseta branca e um minusculo chotes.
E com seu sorriso hipnótico me cumprimentou:
- " Boa tarde senhor Johnny! "
- "Boa....Quer dizer... boa tarde D. Tâmara! como vai a senhora?
- " Bem! obrigada! disse ela antes de ir me convidando:
- " Entre por favor! ". E se afastou, deixando uma passagem para mim entre ela e a porta...
como foi gostoso sentir o calor de seu corpo tão de perto...



Assim que passei a porta, ela a fechou. Ouvi o barulho da chave.
Quando olhei para ela, ela se encontrava de frente para mim;
encostada a porta e me olhando como uma vampira insaciável. 
Veio em minha direção... eu ainda dei um passo para trás...
imaginem só. Foi então que ela me disse: - " Siga-me, por favor! ".
E eu fui sem tirar os olhos de seu magico rebolado...
ate chegarmos na cozinha... onde ela puxou uma cadeira junto a mesa e pediu para eu sentar; eu me sentei. Então ela me perguntou:
- " O senhor gosta de pizza?
- " Pizza? Devolvi a pergunta.
- " Sim, pizza. "
- " Sim, gosto. Uma pizzazinha  de vez em quando é bom né?
- " Sabe que é seu Johnny: é que meu marido, só de pois de um ano de casado, veio me dizer que não gosta das pizzas que eu faço...
 vê se pode... eu que sempre faço tudo com amor.
- " Não brinca! ". Disse eu, olhando aquele rostinho lindo quase em planto; D. Tâmara era muito emotiva, e passional também. 
Levantou-se, foi ao micro-ondas pegou a tal pizza:
- " É de mussarela, o senhor gosta? "
- " Ah! sim! gosto. Eu não sabia oque pensar. Afinal, não sabia que era tão difícil para um homem dizer não à uma pizza de uma mulher  tão bonita como D. Tâmara.
- " O senhor pode comer aqui mesmo, eu não me importo. ".
Disse ela. Para depois  complementar, para meu espanto:
- " Gosto do senhor, seu Johnny. Gosto muito do senhor...
alias sempre comentei com quase todos do codomínio... 
o quanto gentil e atencioso para com todos o senhor é... isso sem nenhum interesse... "
E assim ela me elogiava, já sentada de frente pra mim, à me olhar
com o seu queixo apoiado nas costas de suas lindas mão.
Enquanto eu pensava comigo: " Malditos pensamentos maldosos! afinal.. oque ela queria me dar era só uma pizza.. ". Queria rir de mim mesmo, mas, ainda bem consegui me conter!
Com tudo a pizza estava uma delicia!


José Correia Paz 


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