Ao cair da tarde, do terraço de casa vejo o
céu do bairro do Pina...
Ao longe, os edifícios e seus mistérios:
Negócios, amor, solidão.
Ouço as vozes que passam pela minha rua;
Comentam o tempo. O time. O caos da política.
- Empatou ontem, venceu por pouco hoje,
perdera amanhã.
Pelo tom de suas vozes fico imaginando suas
expressões.
Zangada tom de tédio, a gaiatice para driblar
a o peso do dia.
Resolvo sair... Percorrer as ruas...
Seus
asfaltos tomados pela pressa;
Me mostrando que sua transformação não para.
Ruas, que se transformaram em becos;
Becos que não existem mais.
Ficaram na memória;
Quantas historias terminaram e começaram por
estes cantos?
Passeio... enquanto suas ruas me contam suas
historias.
Sou eu, o seu lobo solitário.
Buscando nos seus personagens um pouco de
historia e aventura
Vago pelos fins de tuas tardes.
Vejo o cansaço vencendo vossos frenesi...
A calma e o olhar em busca de alento
Enquanto vê se aproximar o crepúsculo...
E a noite te trazer novos sonhos para a
próxima aurora.
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