O
teatro surgiu na grécia antiga,entre os século VI e IX a.C. segundo
historiadores: proveniente de festas celebradas ao deus Dionísio (da cultura
greco-romana, deus das festas, do vinho e da fertilidade). Essas festas eram
rituais religiosos que duravam dias seguidos e acontecia sempre na primavera
(período da colheita da uva para a fabricação de vinhos).
Na Grécia o teatro era uma manifestação sagrada; o teatro grego era marcado
pelas mascaras, pelos ornamentos e pelo tablado.
O teatro brasileiro surgiu quando Portugal começou a fazer do Brasil sua
colônia (Século XVI). Os Jesuítas, com o intuito de catequizar os índios, trouxeram
não só a a religião católica, mas também uma cultura diferente, em que se
incluía a literatura e o teatro. Aliado essas novas culturas aos rituais,
festas e danças indígenas, formaram as primeiras apresentações teatrais que os
brasileiros conheceram. Os portugueses, que tinham sua pedagogia baseada na
Bíblia: Nessa época, foram os maiores responsáveis pelo ensinamento do teatro. bem
como pela autoria das peças, foi Padre Anchieta.
O teatro realmente nacional só
veio se estabilizar em meados do século XIX, quando o Romantismo teve seu
início. Martins Pena foi um dos responsáveis pôr isso, através de suas comédias
de costumes. Outros nomes de destaque da época foram: Artur Azevedo, o ator e
empresário teatral João Caetano e, na literatura, Machado de Assis
Segundo os historiadores os
jesuítas encontraram nas tribos brasileiras uma inclinação natural para a
música, a dança e a oratória. Ou seja: tendências favoráveis para o
desenvolvimento do teatro, que passou a ser usado como instrumento de
"civilização" e de educação religiosa, além de diversão. O teatro,
pelo "fascínio" da imagem representativa, era muito mais eficaz do
que um sermão, pôr exemplo.
As primeiras peças foram,
então, escritas pelos Jesuítas, que se utilizava de elementos da cultura
indígena (a começar pelo caráter de "sagrado" que os índios já tinham
absorvido em sua cultura), até porque era preciso "tocar" o índio,
falando de coisas que eles conheciam. Misturados a esses elementos, estavam os
dogmas da Igreja Católica, para que o objetivo da catequese - não se perdesse.
As peças eram escritas em
tupi, português ou espanhol (isso se deu até 1584, quando então
"chegou" o latim). Nelas, os personagens eram santos, demônios,
imperadores e, pôr vezes, representava apenas simbolismos, como o Amor ou o
Temor a Deus. Com a catequese, o teatro acabou se tornando matéria obrigatória
para os estudantes da área de Humanas, nos colégios da Companhia de Jesus. No
entanto, os personagens femininos eram proibidos (com exceção das Santas), para
se evitar uma certa "empolgação" nos jovens.
Os atores, nessa época, eram
os índios domesticados, os futuros padres, os brancos e os mamelucos. Todos
amadores, que atuavam de improviso nas peças apresentadas nas Igrejas, nas
praças e nos colégios. No que diz respeito aos autores, o nome
de mais destaque da época é o
de Padre Anchieta . É dele a autoria de Auto de Pregação Universal, escrito
entre 1567 e 1570, e representado em diversos locais do Brasil, pôr vários
anos.
Outra peça de autoria de
Anchieta é Na festa de São Loureço, também conhecida como Mistério de Jesus. Os
autos sacramentais,como também eram chamadas as obras que continham caráter
dramático, eram preferidos às comédias e tragédias, por que eram neles que
estavam impregnadas as características da catequese. Eles tinham sempre um
fundo religioso, moral e didático, e eram repletos de personagens alegóricos.
Além dos autos, outros
"estilos teatrais" introduzidos pelos Jesuítas foram o presépio, que
passou a ser incorporado nas festas folclóricas, e os pastoris.
No século XVII, as representações de peças escritas pelos Jesuítas - pelo menos
aquelas com a clara finalidade de catequese- começaram a ficar cada vez mais
escassas. Este período, em que a obra missionária já estava praticamente
consolidada, é inclusive chamado de Declínio do Teatro dos Jesuítas. No
entanto, outros tipos de atividades teatrais também eram escassos, pôr conta
deste século constituir um tempo de crise. As encenações existiam, fossem elas
prejudicadas ou inspiradas pelas lutas da época (como pôr exemplo, as lutas
contra os holandeses). Mas dependiam de ocasiões como festas religiosas ou
cívicas para que fossem realizadas.
Das peças encenadas na época,
podemos destacar as comédias apresentadas nos eventos de aclamação a D. João
IV, em 1641, e as encenações promovidas pelos franciscanos do Convento de Santo
Antônio, no Rio de Janeiro, com a finalidade de distrair a comunidade. Também
se realizaram representações teatrais pôr conta das festas de instalação da
província franciscana da Imaculada Conceição, em 1678, no Rio.
O que podemos notar neste
século é a repercussão do teatro espanhol em nosso país, e a existência de um
nome - ligado ao teatro - de destaque: Manuel Botelho de Oliveira (Bahia,
1636-1711). Ele foi o primeiro poeta brasileiro a ter suas obras publicadas,
tendo escrito duas comédias em espanhol .
Foi somente na segunda metade
do século XVIII que as peças teatrais passaram a ser apresentadas com uma certa
freqüência. Palcos (tablados) montados em praças públicas eram os locais das
representações. Assim como as igrejas e, pôr vezes, o palácio de um ou outro
governante. Nessa época, era forte a característica educacional do teatro. E
uma atividade tão instrutiva acabou pôr merecer ser presenteada com locais
fixos para as peças: as chamadas Casas da Ópera ou Casas da Comédia, que
começaram a se espalhar pelo país.
Em seguida à fixação dos
locais "de teatro", e em conseqüência disso, surgiram as primeiras
companhias teatrais. Os atores eram contratados para fazer um determinado
número de apresentações nas Casas da Ópera, durante todo o ano, ou apenas pôr
alguns meses. Sendo assim, com os locais e elencos fixos, a atividade teatral
do século XVIII começou a ser mais contínua o que em épocas anteriores. No
século XVIII e início do XIX, os atores eram pessoas das classes mais baixas,
em sua maioria mulatos. Havia um preconceito contra a atividade, chegando
inclusive a ser proibida a participação de mulheres nos elencos. Dessa forma,
eram os próprios homens que representavam os papéis femininos, passando a ser
chamados de "travestis". Mesmo quando a presença de atrizes já havia
sido "liberada", a má fama da classe de artistas, bem como a reclusão
das mulheres na sociedade da época, as afastava dos palcos.
Quanto ao repertório,
destaca-se a grande influência estrangeira no teatro brasileiro dessa época.
Dentre nomes mais citados estavam os de Molière, Voltaire, Maffei, Goldoni e
Metastásio. Apesar da maior influência estrangeira, alguns nomes nacionais
também merecem ser lembrados. São eles: Luís Alves Pinto, que escreveu a
comédia em verso Amor Mal Correspondido, Alexandre de Gusmão, que traduziu a
comédia francesa O Marido Confundido, Cláudio Manuel da Costa, que escreveu O
Parnaso Obsequioso e outros poemas representados em todo o país, e Inácio José
de Alvarenga Peixoto, autor do drama Enéias no Lácio.
Século XIX Transição para o
tetro nacional
A vinda da família real para o
Brasil, em 1808, trouxe uma série de melhorias para o Brasil. Uma delas foi
direcionada ao teatro. D. João VI, no decreto de 28 de maio de 1810, reconhecia
a necessidade da construção de "teatros decentes".
Na verdade, o decreto representou
um estímulo para a inauguração de vários teatros. As companhias teatrais, pôr
vezes de canto e/ou dança (bailado), passaram a tomar conta dos teatros,
trazendo com elas um público cada vez maior. A primeira delas, realmente
brasileira, estreou em 1833, em Niterói, dirigida pôr João Caetano, com o drama
O Príncipe Amante da Liberdade ou A Independência da Escócia. Uma conseqüência
da estabilidade que iam ganhando as companhias dramáticas foi o crescimento,
paralelo, do amadorismo.
A agitação que antecipou a
Independência do Brasil foi refletida no teatro. As platéias eram muito
agressivas, aproveitavam as encenações para promover manifestações, com direito
a gritos que exaltavam a República. No entanto, toda esta "bagunça"
representou uma preparação do espírito das pessoas, e também do teatro, para a
existência de uma nação livre. Eram os primórdios da fundação do teatro - e de
uma vida - realmente nacional. Até porque, em conseqüência do nacionalismo
exacerbado do público, os atores estrangeiros começaram a ser substituídos pôr
nacionais.
Ao contrário desse quadro, o
respeito tomava conta do público quando D.Pedro estava presente no teatro (
fato que acontecia em épocas e lugares que viviam condições
"normais", isto é, onde e quando não havia este tipo de
manifestação). Nestas ocasiões, era mais interessante se admirar os
espectadores - principalmente as senhoras ricamente vestidas - do que os
atores. Além do luxo, podia se notar o preconceito contra os negros, que não
compareciam aos teatros. Já os atores eram quase todos mulatos, mas cobriam os
rostos com maquiagem branca e vermelha.
Fonte: encena
Século -XIX
Época Romântica
Desde a Independência, em
1822, um exacerbado sentimento nacionalista tomou conta das nossas
manifestações culturais. Este espírito nacionalista também atingiu o teatro. No
entanto, a literatura dramática brasileira ainda era incipiente e dependia de
iniciativas isoladas. Muitas peças, a partir de 1838, foram influenciadas pelo
Romantismo, movimento literário em voga na época. O romancista Joaquim Manuel
de Macedo destacou alguns mitos do nascente sentimento de nacionalidade da
época: o mito da grandeza territorial do Brasil, da opulência da natureza do
país, da igualdade de todos os brasileiros, da hospitalidade do povo, entre
outros. Estes mitos nortearam, em grande parte, os artistas românticos desse
período.
A tragédia Antônio José ou O
poeta e a inquisição escrita pôr Gonçalves de Magalhães (1811-1882) e levada à
cena pôr João Caetano (1808-1863), a 13 de março de 1838, no teatro Constitucional
Fluminense, foi o primeiro passo para a implantação de um teatro considerado
brasileiro.
No mesmo ano, a 4 de outubro,
foi representada pela primeira vez a comédia O juiz de paz da roça, de Martins
Pena (1815-1848), também no teatro Constitucional Fluminense pela mesma
companhia de João Caetano. A peça foi o pontapé inicial para a consolidação da
comédia de costumes como gênero preferido do público. As peças de Martins Pena
estavam integradas ao Romantismo, portanto, eram bem recebidas pelo público,
cansado do formalismo clássico anterior. O autor é considerado o verdadeiro
fundador do teatro nacional, pela quantidade - em quase dez anos, escreveu 28
peças - e qualidade de sua produção. Sua obra, pela grande popularidade que
atingiu, foi muito importante para a consolidação do teatro no Brasil.
Fonte: Encena
Época Realista Metade o
Século- XIX
Realismo na dramaturgia
nacional pode ser subdividido em dois períodos: o primeiro, de 1855 - quando o
empresário Joaquim Heliodoro monta sua companhia - até 1884 com a representação
de O mandarim, de Artur Azevedo, que consolida o gênero revista e os dramas de
casaca. O segundo período vai de 1884 aos primeiros anos do século XX, quando a
opereta e a revista são os gêneros preferidos do público.
Essa primeira fase não se
completa em um teatro naturalista. À exceção de uma ou outra tentativa, a
literatura dramática não acompanhou o naturalismo pôr conta da preferência do
público pelo "vaudeville", a revista e a paródia.
A renovação do teatro
brasileiro, com a consolidação da comédia como gênero preferido do público,
iniciou-se quando Joaquim Heliodoro Gomes dos Santos montou seu teatro, o
Ginásio Dramático, em 1855. Esse novo espaço tinha como ensaiador e diretor de
cena o francês Emílio Doux que trouxe as peças mais modernas da França da
época.
O realismo importado da França
introduziu a temática social, ou seja, as questões sociais mais relevantes do
momento eram discutidas nos dramas de casaca. Era o teatro da tese social e da
análise psicológica.
Nome de grande importância
para o teatro dessa fase é o do dramaturgo Artur Azevedo (1855-1908). Segundo
J. Galante de Souza (O Teatro no Brasil, vol.1), Artur Azevedo "foi mais
aplaudido nas suas bambochatas, nas suas revistas, escritas sem preocupação
artística, do que quando escreveu teatro sério. O seu talento era o da
improvisação, fácil, natural, mas sem fôlego para composições que exigissem
amadurecimento, e para empreendimentos artísticos de larga envergadura".
Fonte: encena
O teatro no Brasil
ernando Peixoto define bem a
história do teatro no Brasil e no mundo em seu livro "O que é
teatro", e nos traz referências de datas que ajudam entender sua
trajetória no decorrer dos séculos.
A história do teatro
brasileiro dramático surgiu em 1564, coincidentemente com a data de nascimento
de Willian Shakespeare, quando foi encenado o Auto de Santiago pôr missionários
jesuítas, na Bahia.
No Brasil o teatro surge como
instrumento pedagógico. Eram Autos utilizados para a catequização dos índios,
os quais o padre Manuel da Nóbrega encomendava-os ao padre José de Anchieta.
Já no século XIX (mais ou
menos 1838), o teatro fica marcado pela tragédia romântica de Gonçalves
Magalhães com a peça: "O Poeta e a Inquisição" e também Martins Pena
com "O juiz de paz na roça". Martins Pena com toda sua simplicidade
para escrever, porém justa eficácia para descrever o painel da época, teve
seguidores "clássicos" de seus trabalhos, como Joaquim Manoel de
Macedo, Machado de Assis e José de Alencar.
Foi em 1880 , em Lagos, na
Nigéria que escravos brasileiros libertados deram um enorme salto no
desenvolvimento do teatro, fundando a primeira companhia dramática brasileira –
a Brazilian Dramatic Company .
Em 1900, o teatro deu seu
grito de liberdade. Embora tenha enfrentado as mais duras crises políticas do
país, conseguiu com muita luta estacar sua bandeira e marcar sua história.
De 1937 a 1945, a ditadura
procura silenciar o teatro, mas a ideologia populista, através do teatro de
revista, mantém-se ativa. Surgem as primeiras companhias estáveis do país, com
nomes como: Procópio Ferreira, Jaime Costa, Dulcina de Moraes, Odilon Azevedo,
Eva Tudor, entre outros.
Uma nova ideologia começava a
surgir, juntamente com um dos maiores patrimônios do teatro brasileiro: Oswald
de Andrade, que escreveu O Rei da Vela (1933), O Homem e o Cavalo (1934) e A
Morta (1937), enfrentando desinibido e corajoso, a sufocante ditadura de
Getúlio Vargas.
Em 1938, Paschoal Carlos Magno
funda o Teatro do Estudante do Brasil. Começam surgir companhias experimentais
de teatro, que estendem-se ao longo dos anos, marcando a introdução do modelo
estrangeiro de teatro entre nós, consagrando então o princípio da encenação
moderna no Brasil.
No ano de 1948 surge o TBC uma
companhia que produzia teatro da burguesia para a burguesia, importando técnica
e repertório, com tendências para o culturalismo estético. Já em 57, meio a
preocupações sócio-políticas surge o Teatro de Arena de São Paulo. Relatos de
jornais noticiavam que o Teatro de Arena foi à porta de entrada de muitos
amadores para o teatro profissional, e que nos anos posteriores tornaram-se
verdadeiras personalidades do mundo artístico.
Já em 64 com o Golpe Militar,
as dificuldades aumentam para diretores e atores de teatro. A censura chega
avassaladora, fazendo com que muitos artistas tenham de abandonar os palcos e
exilar-se em outros países.
Restava às futuras gerações
manterem vivas as raízes já fixadas, e dar um novo rumo ao mais novo estilo de
teatro que estaria pôr surgir. O teatro faz parte da historia da humanidade. Nele
podemos representar varias historias de vida através da arte: contar a historia
desse imenso teatro que é a vida. Vá ao teatro!
(Grande parte desta matéria foi pesquisada na internet)