ENSÁISTICA
Glauco Matoso / Wander wildener
Chamemo-la de fase
iconoclasta
A minha poesia antes de cego
Pintei, bordei, porém não a renego
Forçou-me a invalidez a dar um basta
A minha poesia antes de cego
Pintei, bordei, porém não a renego
Forçou-me a invalidez a dar um basta
A nova não é
casta, nem contrasta
Com velhas anarquias, só me entrego
Com velhas anarquias, só me entrego
Ao
pé onde em soneto a língua esfrego
Ao pé onde em soneto a língua esfrego
Ao pé onde em soneto a língua esfrego
Chamemo-la de fase
podorasta
Chamemo-la de fase podorasta
Chamemo-la de fase podorasta
Mas nem por isso é
menos transgressiva
Impõe-se o paradoxo na medida
Mas nem por isso é menos transgressiva
Impõe-se o paradoxo na medida
Impõe-se o paradoxo na medida
Mas nem por isso é menos transgressiva
Impõe-se o paradoxo na medida
Da forma e da
temática obsessiva
Da forma e da temática obsessiva
Da forma e da temática obsessiva
Na universalidade
presumida
Igualo-me a Bocage, Boto e Piva
Na universalidade presumida
Igualo-me a Bocage, Boto e Piva
Igualo-me a Bocage, Boto e Piva
Na universalidade presumida
Igualo-me a Bocage, Boto e Piva
Ao cego o feio é belo
Ao cego o feio é belo
E a dor é vida, e a dor é vida
E a dor é vida, e a dor é vida
Ao cego o feio é belo
E a dor é vida, e a dor é vida
E a dor é vida, e a dor é vida
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