Certa
vez, enquanto passeava pelo Recife Antigo. Vinha eu pelo Espaço Alfandega, em
uma manhã de domingo, quando percebi um mendigo dormindo na calçada; ao seu
lado; seu cão. Um cachorro preto, peludo, um bonito vira-lata;
passei
por ele, o admirando.
Admirando
sua lealdade; para com o seu dono sem teto. E quando já ia um pouco distante, filosofando
fiado comigo mesmo:
-
“o melhor amigo do homem”; ia dizendo.
Quando
senti o cão do mendigo me atacar... Não chegou a me morder.
Embora
sentisse seus dentes bem próximos de minha calça jeans. Foi um tremendo susto. Gritei
com ele ate o afastar; e fui andando ouvindo seus latidos e rosnados ecoando
pela rua.
O
seu dono, nem acordou. Se eu fiquei com raiva do vira-lata? Não.
Já
tive cachorro. Um pequinês; Chamava-se Elvis.
e
tenho certeza que ele faria o mesmo.
Defenderia
o sono de seu dono.
A
única coisa que fiz, e não sei se foi certo, foi passar álcool gel no local
aonde senti os dentes do cão. E passei o dia, me policiando, procurando algum
sintoma qualquer; medo de virar “lobisomem” eu acho.
Mas,
ao ver a foto, me lembrei desse fato; e fui pesquisar na internet a respeito
cachorros de rua.
Descobri
que existe no Recife, mais de 1oo mil de cães e gatos abandonados.
30
milhões de animais abandonados.
E
que a maioria desses abandonos acontece por que: algumas famílias, ao viajar,
deixam os seus animais de estimação sozinhos em casa.
E
ao se verem abandonados; grande maioria foge...
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