Passa assobiando uma canção,
Nova ou antiga, uma voz estridente ecoando
pelo asfalto.
Passa provocando quem perdeu,
O campeonato das ilusões perdidas, dos fins
de semanas cheios de sol.
É dia de branco, de corre-corre, para
conquistar o seu salgado sal.
Passa provocando quem ganhou, sabendo que no
próximo fim de semana, pede se ele: o próximo perdedor.
Passa acelerando sobre as pedras e os
paralepipedos , tatuando suas esperanças.
Faça chuva ou faça sol são elas suas razões
de viver.
Passa seu olhar sobre a bela que passa...
Rebolando sua bunda mágica.
Tudo é um pouco de hipnose a nos seduzir. E
descendo a rua lá vai ela.
Passa e pergunta aonde é. Passa e pergunta
aonde fica.
Qual é a diferença? Pode seguir qualquer rua,
pois todas lhe levaram a lua.
Passa chamando um palavrão! É muita revolta
com a política, com a vida, com quem ama.
Passa com sua dessepção.
Passa anunciando o que vender; querendo ou
não querendo alguém comprar.
No final tudo se encontra nesse labirinto sem
fim nem começo.
Com suas vozes ecoando pelo espaço e marcando
o seu tempo.
José Correia Paz
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