Quando criança, ouvia sempre essa expressão:
“A televisão é a maquina de fazer doido!”
Isso numa época em que você tinha programas de
auditórios
Como: CASSINO DO CHACRINHA; programas de
humor como:
BALANÇA MAIS NÃO CAI; que nos provocavam com
toda sua irreverência e humor.
Musicais que faziam a gente entrar em contato
com o que havia de mais criativo de nossa musica;
Os autores de novelas nos traduziam o mundo
através de aventuras
Que chegavam ate a beirar o surrealismo;
Tudo com muita criatividade, ousadia, e muita
imaginação...
Passavam-se mais clássicos do cinema;
Ate um tempo atrás, não muito distante,
passavam-se vídeo clipes!
Tudo bem, o publico talvez tivesse outras
perspectivas...
Ou suas idéias se inspirassem em outros padrões;
E já que o comum na época era buscar padrões
que desse alguma sofisticação para nossas vidas; assim pode se dizer: se
respirava uma certa qualidade de vida.
A televisão foi e sempre será uma janela para
o mundo.
Embora já divida esse posto com a internet.
E ate tem perdido para a internet.
Eu mesmo hoje: prefiro a internet a TV;
assistir ao um DVD, jogar um vídeo game é bem melhor.
Ao menos os filmes não passam cortados, e
você encontra mais diversão diante da tela.
Por que isso aconteceu?
Eu vos conto: TEMPOS POLITICAMENTE CORETOS!
Que vem matando a ousadia e a criatividade,
não só na TV, mas também em vários outros setores, políticos e sociais também;
Sem percebermos caímos numa armadilha
conservadora que envenena
Todo nosso senso de humor; deixando-nos a
mercê de uma linha de raciocínio rançosa; onde pairam em sua atmosfera:
ressentimentos, rancor,
E todo o tipo de paranóia e seus respectivos
seguidores.
De repente: não se sabe mais o que fazer
atender o publico;
E a TV se vê em uma espécie de
labirinto... Que não é o túnel do
tempo...
Infelizmente, vivemos hoje um tempo muito
parecidos com os dos anos 70; inflação...
Censura...
Com a diferença de que poucos se propõem a
questionar,
Pois diante de tal discurso que começa
culpando a janela pela paisagem; para depois nos colocar num admirável mundo
novo, e engessado; como responder?
E hoje: a paisagem através da janela é
periférica.
E como nossa educação seja a atual ou nos
anos 70: sempre foi sucateada;
O que esperar da paisagem da janela?
O impressionante é que lutamos tanto por
liberdade de expressão;
Para chegarmos aonde chegamos.
Como é chato! Ver discursos vazios; em poses
moralistas querendo segundo eles: “melhorar a programação”.
Programas que debatem a programação da TV?
Não sei se os chamo de ingênuos Ou coisa parecida; Que perda de tempo. O
impressionante são eles acreditar que o “povão” (como costuma chamar) os
assiste! Quando este: esta dormindo; tendo pesadelos com o seu time... Ou se
embriagando pela noite adentro. Ou entrando noite adentro na internet.
Nos vendendo a violência de nosso próprio
dia-a-dia;
Mercantilizam a Fe em plena madrugada bem
diante de nosso nariz;
Como se de repente o mundo todo estivesse em
uma campanha sensacionalista, insana, em prol de um mundo mais caótico!
Para que cada um possa vender mais seus
produtos encima de nossas expectativas e ansiedades.
Ou seja: de repente fanatismo e violência
virou a alma do negocio.
E para isso é só divide o publico entre
baixaria e moralismo.
Melhor seria deixar a TV voltar a criar seus
programas; com a mesma liberdade que ela tinha depois da abertura política.
Onde a ousadia e a liberdade sempre usadas com inteligência
Foram sempre elementos importantes! Para a
criatividade.
Voltar a ser a velha maquina de fazer doido.
Ate lá! Ate a TV recuperar sua liberdade de
expressão por completo!
O que nos resta: são alguns programas de fim
de noite; algumas series; e mini series que conseguem romper com essa falta de
opção...
Para quem cresceu vendo TV e aprendendo
através de seus talentos a respeito do mundo e de nós mesmos.
A questionar! E amar a liberdade de
expressão...
E não ficar perdendo tempo com o vazio diante
das câmaras
Se auto copiando; e estragando nossa diversão
nos dias de chuva, por exemplo!
Dizem que a ficção reflete a realidade; ou
vice versa;
Acho que a realidade e ficção se perderam se
desencontraram,
Estão aturdidas diante de um mundo onde tudo
se define perifericamente; deixando a sociedade de um modo em geral
E principalmente os meios de comunicação:
Num beco sem saída.
José Correia Paz
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