O que fazemos com o nosso tempo, ou o que o
tempo faz de nós, tem sido nos últimos tempos o que mais inconscientemente nos preocupa.
E cada vez mais ansiosos nos atiramos
numa espécie de montanha-russa invisível; onde nossas emoções nos transformam
em verdadeiros Dons Quixote urbano. Ao mesmo passo que a busca de nós, tendo
que responder aos anseios dos tempos de então.
Sem notarmos aceleramos tanto o passo... Que
mal paramos para uma conversa; (nem num sinal fechado) como diria o Chico. E ainda
estranhamos, quem tenta manter a moda antiga; estigmatizando quem parar numa
esquina para uma conversa. “são uns vagabundos” é a primeira expressão que
salta a boca. Sabe: são tempos de progresso... Não se pode perder tempo... Se
não o tempo passa por cima de nós.
E sendo assim: não falta é gente para passar
por sobre gente. Lutando contra um tempo indiferente, só nos resta sermos
indiferentes também. E nisso, para nos confundir mais ainda, com se não
faltasse todos os problemas sociais que temos; inventamos as ideologias. E com elas: as patrulhas ideológicas. E enchemos
o saco um do outro por causa de bandeiras de partidos, de times, de religiões,
e etc.
Tudo isso por que não sabemos aproveitar o
tempo. Precisamos de trabalho, precisamos prazer, precisamos de amizade, para
nos ajudar a passar o tempo; e, no entanto: vejo-nos cada vez mais sós, cada
vez mais antipáticos, insatisfeitos com o trabalho, ou sem nenhum trabalho para
corresponder nossas necessidades.
O que fazemos do tempo, e em que o tempo nos
transforma, surge justamente de nossa incompreensão; de justamente de não
entendermos ou não quisemos entender: que o tempo é indomável... e o que melhor
é aproveitamos o nosso tempo com toda a calma e tranqüilidade; buscando
é claro suprir nossas necessidades, mas certos de que o tempo para nós passa,,,
ele passa. CARPE DIEN.
José Correia Paz
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