sexta-feira, 31 de março de 2017

COMO DESCOBRI O ROCK AND ROLL



SENHORAS E SENHORES O ROCK IN ROLL

 

Quem é fã de rock como eu; e coleciona e pesquisa tanto na internet, ou como eu costumava fazer outrora, através de pro gamas de TV e radio ou na mídia impressa, tudo o que era possível

encontrar a respeito do gênero. Sabe como tudo começou.

Aquela velha e boa historia: Bill halley, Chuck berry, Elvis Presley,

e por ai vai. Pois para mim tudo começou ha quarenta anos atras.

Quando me chamaram à sala para ver um show do Elvis pela TV;

Lembro-me de minha tia Jacira dizendo: "Vem ver aqui Zé! é Elvis!".

E foi este um dos seus últimos shows. Um dos dois shows que pude assistir pela TV. Depois: vieram os filmes, os clipes, programa sobre musica que abordavam volte e meia esse famigerado gênero musical. Pois eram os anos 70; lembro-me muito bem:

O céu sempre nublado, o tom de cinza caindo sobre as tardes;

De um lado os donos do mundo, com seus muros e abismos ditando regras e separando pessoas. Do outro lado, os meus prediletos:

Os Cowboys fora das leis; com sua poesia e canções nos trazendo alento e humor; lembro- me muito bem.

Ainda não havia para mim Rita Lee nem Raul seixas; embora já escutava algumas musicas deles no radio sem saber seus nomes.

E vieram então os anos 80; tempo de abertura política, a democracia finalmente conseguindo virar mais uma luta difícil e heróica; 

O rock in roll: assim como as pessoas nas ruas ganha força de expressão e passava a marca para sempre a vida de quem como eu viu e viveu os irreverentes, os ousados e criativos anos 80.

Eram bandas espetaculares! Tanto nacionais quanto internacionais;

Camisa de Venus, dire streets, foi kid viniu e sua banda: magazine

minha primeira banda de coração; com canções como sou boy, tique-tique nervoso, e o adivinhão. Posso dizer: marcaram o ritmo de minhas primeiras descobertas; embora já ouvisse Raul seixas, jovem guarda  e tantos outros que ate hoje seguem atuais e revolucionários

com seu modo de ser e ver o mundo. Pois sim: posso também dizer:

que tive a sorte viver uma época que apesar dos entraves,  havia artistas  que com sua criatividade traduzia o mundo.

E o mundo: essa pedra a rolar solta no espaço...  Nunca satisfeita...

sempre questionadora em busca de  novas metamorfoses.

senhora e senhores: com vocês: o Rock in Roll!

 

José correia paz

terça-feira, 28 de março de 2017

CAMISA DE VÊNUS CORRENDO ORISCO

Se você é daqueles que gosta de viver perigosamente; e com bom Rock and Roll como trilha sonora; aqui vai então à dica do ATEMPORAL:
ouça " CORRENDO O RISCO " . Terceiro trabalho de estúdio da banda CAMISA DE VÊNUS.
Lançado em 1986, o disco traz cinco clássicos que marcaram uma geração e continuam atuais a te hoje. Para começar a sua primeira faixa:     "SINCA CHAMBORD”. Uma verdadeira aula de historia.
Pois ela narra com muita inteligência e bom humor; através da historia de um automóvel:
a historia e as transformações sociais e políticas acontecidas no Brasil e no mundo. Hipies, puks.
E promessas de presidentes. O disco também conta com uma versão de “OURO DE TOLO”
do Raul seixas. Que no ano seguinte; participaria do disco “DUPLO SENTIDO”; com a musica: " MUILTA ESTRELA, POUCA CONSTELAÇÃO ". Tanto em ouro de tolo como e muita estrela... Gostaria de chamar atenção para as guitarras... Um espetáculo!.
Ainda em CORRENDO O RISCO; podemos encontrar dois clássicos que marcaram os anos 80:
“DEUS ME DE GRANA” e “ SÓ O FIM ".
O humor inteligente, acompanhado de uma rebeldia iconoclasta pode se dizer, em todos os seus discos, umas das principais marcas da banda.
Mas, em “CORRENDO O RISCO” essas características, ganham um certo refinamento surpreendente.
O que podemos notar na canção “A FERRO E FOGO”. Marcelo Nova, vocalista e compositor da banda, demonstra suas influencias: Raul Seixas, Bob Dylan, em uma letra que narra um pouco da sina humana no mundo.
Um verdadeiro poema épico.


E eu não poderia encerrar, sem deixar de falar de minha canção predileta do disco: “MORTE AO ANOITECER”. Um blusasso! 

segunda-feira, 27 de março de 2017

HUMOR

MAL ENTENDIDO NO FUTEBOL

- É uma injustiça!
Gritava gafanhoto...
grande zagueirão do BORDOADA FUTEBOL CLUBE;
foi ate um repórter de campo, que assustado com
o seu tamanho o ouviu falar:
- É uma injustiça cara! Eu não toquei em ninguém
e esse juiz fajuto me expulso...
- Sim, mas... Perguntou o repórter calmamente:
- Mas, pra que essa moto-serra gafanhoto?
- Ah! Isso aqui? To fazendo o que o professor me pediu!
- Quem? O técnico Cancha?

- Sim! Ele me disse: - gafanhoto quero marcação serrada-. Ia dar certo... Mas o juiz me expulso antes do jogo começar cara... É uma injustiça!

domingo, 26 de março de 2017

POESIA PARA CONTEMPLAR

A Morte - O Sol do Terrível

Mas eu enfrentarei o Sol divino,
o Olhar sagrado em que a Pantera arde.
Saberei porque a teia do Destino
não houve quem cortasse ou desatasse.

Não serei orgulhoso nem covarde,
que o sangue se rebela ao toque e ao Sino.
Verei feita em topázio a luz da Tarde,
pedra do Sono e cetro do Assassino.

Ela virá, Mulher, afiando as asas,
com os dentes de cristal, feitos de brasas,
e há de sagrar-me a vista o Gavião.

Mas sei, também, que só assim verei
a coroa da Chama e Deus, meu Rei,
assentado em seu trono do Sertão



Ariano Suassuna

quinta-feira, 23 de março de 2017

JANIS JOPLIN

Às vezes penso: que anjos existem.
E eles costumam aparece nos momentos mais importantes e difíceis de nossa historia;
Sempre de uma maneira inusitada e surpreendente.
Vem, e partem, cedo. Deixando seu recado
e partindo talvez para outras missões pelo cosmos.
Janis Joplin: é um desses anjos.
Anjo, que com sua voz marcante, inconfundível,
Marcou época e deixo em quatro discos um legado de uma geração que trouxe consigo a difícil missão de transformar o mundo.

Nascida numa pequena cidade do Texas em 1943;
num período que o mundo passava por uma segunda guerra mundial.
Janis, enfrentou os preconceitos de uma sociedade, que se antes já era conservadora; viria à se tornar ainda mais conservadora depois da guerra. .
Mas, seu talento estava acima disso tudo; e ela sabia disso.
Já criança cantava no coral da igreja aluna exemplar;tirava sempre boas notas. ;
Gostava de ler. Devorava os livros.
Na adolescência Janis já demonstrava o quanto era diferente dos jovens de sua época.
Ela gostava de ouvir jazz e blues.
Tinha o costume de imitar a voz grave de Leadbelly; e foi através desse costume que descobriu seu estilo e seu timbre de voz.
Que viriam impressionar o mundo no VERÃO DO AMOR em 1967. Festival que também revelou para o mundo grandes nomes como: Jime hendrix, the doors, e o the who.

Janis se apresentara ao lado da banda THE BIG BROTHER & THE HOLDING COMPANY; com quem lançou seu primeiro disco em 1968.

terça-feira, 21 de março de 2017

MACHADO DE ASSIS O BRUXO DO COSME VELHO

0 BUXO DO COSME VELHO

Pergunto-me: que historias; que interpretações de nosso comportamento
perante a vida e sua evolução;
teria queimado em seu caldeirão  " O BRUXO DO COSME VELHO " ?
Assim é chamado ate hoje, Machado de Assis.
Uns dizem que este apelido misterioso lhe foi dado graças ao hábito que o Machado de Assis tinha de queimar em um caldeirão: os rascunhos, as sobras de manuscritos que ele considerava dispensável. A fumaça, que saia da casa do Machado, por uma chaminé, gerava certo rumor pelas redondezas do Cosme Velho; e quem não conhecia o Machado; dizia que ali morava um bruxo.
Já outros, dizem que Por causa de outro poeta: Carlos Drummond de Andrade.
Drummond teria publicado o poema “A um Bruxo com amor.". Se referindo a machado de Assis.
O fato, é que seja como for, esse pseudônimo só tornou ainda mais fascinante esse grande tradutor da alma humana e seus entrelaces.


Joaquim Maria Machado de Assis;
sem puder ir a escola regularmente e de saúde frágil;  pode se dizer, foi ele:
um verdadeiro desafiador de seu tempo.
Foi de tudo um pouco ate se tornar o grande escritor reverenciado no Brasil e por que não dizer: também no mundo.
Pois, ate o grande cineasta americano Woody Allen, revelou em uma de suas entrevistas: ser influenciado pela obra do machado.
Aos doze anos já órfã de pai e mãe, Machado: vendeu doces para se sustentar.
Mas, nem isso o afastou do aprendizado. Autodidata: reza a lenda que antes dos dez anos, ele já sabia ler.
Publicou seu primeiro trabalho literário aos 16 anos. O poema "ELA”. No jornal “Marmota fluminense”. Reza também a lenda que, foi trabalhando como aprendiz de tipógrafo, no jornal “Imprensa Carioca” cuja direção era de
“Manuel Antonio de Almeida” autor do romance “MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS” que fora descoberto o grande contista Machado de Assis.
Certa ocasião: o diretor do Jornal, sentindo a ausência de seu aprendiz tipógrafo, foi procurá-lo... e o encontrou em uma sala, escrevendo um de seus contos;
Manuel Antonio de Almeida, apos, primeiro achar grassa da situação; e depois chamar a atenção do Machado: pediu para ler o que ele andava escrevendo... e assim surgiu uma grande amizade que revelou ao mundo literário Machado de Assis.

Machado: teve também:
Participação ativa na formação da
ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. A ABL.
Aonde se tornou seu primeiro presidente em 1897. Tornou-se amigo de uma de de suas maiores influencias: José de Alencar. E juntos com o poeta Gonçalves Dias ficaram conhecidos como os escritores mais influentes de sua época.

Conheci a obra do Machado de assis,
graças a uma bibliotecária chamada Ivone.
Na escola Assis Chateau Briand, em Brasília teimosa, quando cursava o ensino médio.
Ela me presenciou com “QUINCAS BORBA ".
E não sei, se o fato de na época, eu estar decepcionando com o mundo e comigo mesmo;
Não sei se o fato de, de cara: eu ter me identificado com o personagem principal do
livro; devido a sua ingenuidade, e o universo
ao seu redor; muito parecido com o que encontrava em minha volta.
Claro, que eu não tinha como ate hoje não
tenho: nenhuma herança como tinha o Rubião;
personagem central do livro.
Mas quando se é jovem, e com vontade de construir algo de significativo...
A gente se torna alvo fácil... De gente “bem intencionada”.

O livro “QUINCAS BORBA” me abril os olhos pro mundo. E nunca mais olhei para ele sem um pouco de cisma.
Fui atrás de outros livros do Machado.
E vieram: DOM CASMURRO,  RESSUREIÇÃO,  MEMORIAS POSTUMAS....
A MÃO E A LUVA e ainda alguns livros de contos.
Entre eles: “O ALIENISTA”. Não há como olhar para o mundo hoje,
e não me sentir um pouco personagem
de machado. Com seus dilemas e conflitos.
E agradeço a esta bibliotecária por isso.
Encontrei também não só através de sua obra, mas também de sua historia de vida:
Um exemplo de como superar suas limitações.
Pois, Machado, nunca se deixou levar pelos obstáculos da vida.


José Correia Paz