segunda-feira, 25 de maio de 2015

SEM MEDO DE SER FELIZ

Há sempre alguém que diz: - Não quero ser rico não, rico não tem liberdade, não pode ir a lugar nenhum com medo de ser roubado. E depois da vida não se leva nada-.
Ora! Se da vida não se leva nada... Então não vou perder meu tempo: estudando, trabalhando,produzindo... Ne  verdade. Vou me entregar a essa teoria de frustrado preguiçoso para ver como o mundo vai ficar melhor.
As pessoas se esquecem que problemas: existe na vida de todo mundo; independente de sua classe social.
Ninguém passa pela vida impune. Seja você um pobre lascado, ou um bilionário com sua mansão de 3000 quartos; pode ter certeza: haverá sempre alguma pedra no caminho; e como você lhe da com suas economias, é o que vai determinar como superar seus obstáculos. Quanto à felicidade e a segurança: ate parece que nós, nós de classe menos privilegiava; vivemos num paraíso. Onde não há violência e tantas outras atribulações que nos causa desconsolo.
Gostaria de ser rico. Por que não? Poder olhar e dizer é aqui que quero ficar; e não ficar sofrendo com desemprego e aluguel. Poder enfrentar os meus problemas financeiros com  uma certa igualdade. Afinal, como já disse: problemas são problemas em qualquer classe social.
Quanto às pessoas que vivem dizendo: - “Não quero ficar rico não!”. Penso, ou melhor: percebo que na grande maioria... Esse tipo de pensamento é explorado para assim se conseguir alguma redenção...  Ir pro céu oi coisa parecida. Medo de parecer ganancioso aos olhos do próximo; medo de não parecer “humilde”. Ah! Humildade! Essa palavra tão vil que corrompe a simplicidade. Sabe: há muito percebi, que a vida independente de nossa classe social só quer de nós nossa simplicidade. E isso basta. E ser rico, não quer dizer que se é necessário ser ganancioso ou materialista; muito pelo contrario. Certo: tem muita gente de dinheiro por ai que como pessoa, não é lá grande coisa; mas, me responda: sera que por causa disso devemos deixar de procurar nosso lugar ao sol?   
E se da vida não levo nada... Então por favor... para que se perder tempo inventando desculpas farrapadas para justificar nossas frustrações;  vivamos a vida, seja você pobre ou rico, (aliais: nunca vi nenhum rico ou quem ficou rico, queixa-se da fortuna). Vivamos a vida, mas com toda a plenitude que ela esteja à nos oferecer... sem nenhum orgulho besta à nos iludir; e sem medo de ser feliz! 


José Correia Paz

quinta-feira, 21 de maio de 2015

DENTRO DO CAOS

sempre alguém que me diz: - Cara como você é otimista!
Sabe: depois de passar por uma depressão; e me ver hoje: epilético, desempregado,aos poucos sendo expulso do lugar que ama; prefiro pensar que por tás de cada nuvem escura.... há sempre um pouco de luz. E gosto de olhar para as diversidades da minha vida com um minimo possível de de racionalidade; não me deixar guiar pelo extremismo; hoje em dia tão amado pela maioria.
Se chamo isso de otimismo! eu lhes pergunto não seria o pessimismo hoje uma arma nas mãos de quem controla o nosso destino, afim de nos separar?
Para lhes ser sincero: não gosto do senário que vejo ao meu redor.
São tempos intolerantes estes! que nos faz recuar no tempo sem notar.

Sem notar: por exemplo, que esse discurso politicamente correto vem aos poucos nos deixando intolerantes e acabando com nossa liberdade de expressão enquanto nos enclausura em nome de suas bandeiras e patrulhas ideológicas. Não gosto desse senário. Ele é desolador.

Mas não quer dizer que por causa disso: eu vá me transformar numa pessoa amarga.
Se ainda há boas canções para ouvir: eu as ouço.
Há pessoas que preferem viver numa especie de eterno combate; contra o que? isso nem elas mesmas sabem. E vivem à todo instante nos cobrando pessimismos; sabe: o tipo de pessoa, que chega ate nós com aquela expressão: "Ou ta comigo ou contra migo!". E assim vai deixando o ar cada vez mais rarefeito. Prefiro olhar para os obstáculos da vida: como algo a ser superados, e não recuar diante deles. E para quem me pergunta: não me acho otimista.
Mas, se chamam isso de otimismo... paciência.


José Correia Paz

terça-feira, 19 de maio de 2015

NA GALERIA DO ATEMPORAL

CAZUZA
Gosto de falar dos meus heróis...
eles  sempre me ensinaram como bater de frente com a vida e seus obstáculos;
lembro a primeira vez que ouvi "BETH BALANÇO"; foi como se a musica de maneira bem suave retratasse o choque entre gerações; (esse eterno conflito de gerações).


Nada nos definia melhor que a poesia de CAZUZA.
Era os anos 80, um seleiro de boa musica acompanhada de boa poesia. E para alguém que tinha em suas influências compositores como: "CARTOLA", "VINICIUS DE MORAES", alem da influência de autores como "JACK KEROAC". Não é difícil dizer que CAZUZA: deixou um  legado importantíssimo na historia de nossa musica. 


Canções como :"ANDROIDE SEM PAR", "MAL NENHUM".
A rocks Como: "BRASIL" e "MAIOR ABANDONADO"
ainda hoje, desperta com sua ironia e contestação,  o que ainda existe de inquieto dentro de nós;  Cazuza traduziu para nós  o mundo e o Brasil de sua época através de sua poesia.
Isso meus amigos, posso afirmar, pois estive lá! 
eram tempos dificulteis de se lidar; uma sociedade conservadora; saindo de um regime autoritário; 
e cheia de tabus a serem quebrados.
Esse, foi talvez o maior desafio  da classe artística dos anos 80;
Onde Cazuza, pode se dizer: se coloca como um de seus melhores representantes.


Exagerado, como ele próprio se denomina em uma de suas canções Cazuza não tinha medo de dizer o que pensava...
aliás: alguém assim como Cazuza nos esta fazendo muita falta;
já pensou no que ele teria a dizer nesse senário atual? 


Ainda atual: sua musica vai nos embalar  por muito e muito tempo. 
Provocando a toda essa gente careta e covarde!
exigindo do Brasil: que ele mostre sua cara.
pois o poeta não morreu... ele... ainda faz parte de nosso show. Viva CAZUZA!  









sexta-feira, 15 de maio de 2015

TIA NINA

Seu pudesse  voltar no tempo e avisar a mim mesmo...
eu diria àquele garoto de nove ou dez anos:
- Sabe aquela tua tia Nina? anota tudo que ela te contar.
A cada historia maluca ou sem jeito que achares;
elas, são frutos de uma imaginação ingênua que no seculo XXI vai ser desprezado; diante do excesso ninguém mais tem tempo para contar historias as suas crianças; 
que ficam jogadas a ociosidade e ao vazio das tardes e ao mundo competitivo dos videos games.

Anote a cada aventura absurda em engraçada;
de historias de cobras voadoras, da mulher calorenta que só podia andar molhada, das revoluções, das cavalarias, 
historias sobre o cangaço, e suas figuras emblemáticas;
lendas sobre assombrações e fantasmas, zumbis e lobisomens então estas não esqueças de anotar... são as minhas prediletas;
é pena que a gente só descobre que possui uma fonte importante para nossa alma: depois de passado tanto tempo.

Deve ser por isso que muitas das culturas indígenas procura muito preservar a sua população idosa; elas tem muito a lhes contar diante de tudo o que já viveram.
E suas historias: misticas ou não, lendárias ou cheias de imaginação tem muito a nos ensinar em seu conteúdo;
a preservar a nossa calma e vencer nossos obstáculos com um poco de imaginação.
Se eu pudesse voltar no tempo: eu pegaria um caderno iria ate tia Nina escreveria suas historias; quem sabe elas me dariam hoje um bom livro.
Aonde eu pudesse então estimular a imaginação de quem estivesse me lendo agora.
Se você conhece alguém que gosta de contar historias...

faça a experiencia: grave, anote, e você vera no futuro o quanto  as historias daquela pessoa, independente da idade, foi e ainda é importante para você.


José Correia Paz 

CINEMA ATEMPORAL

FALE COM ELA


Nestes tempos “politicamente corretos”,
Tempos muito chatos por sinal.
Nada melhor que um filme de Pedro Almodóvar.
“FALE COM ELA” explora muito do quanto
A sensibilidade nos faz falta nestes tempos. 
com um final surpreendente! uma virada inesperada na vida de dois personagens que se identificam entre si graças ao amor que cada um tem por suas amadas; 
levando ate: à uma certa dose de loucura. 

Em Madri: vive Benigno  Martin cujo apartamento  fica de frente à uma academia de balé comandada por Katerina (Geraldine Chaplin); 
Benigno se apaixona por uma das alunas de Katerina: Alicia Romero;
à quem ele assiste todos os dias da janela de seu apartamento ensaiando.
Um dia: Alicia sofre um acidente, e fica em coma; 
e sendo Benigno enfermeiro e traballhando no  hospital onde Alicia se encontra enternada,  ele passa a cuidar dela;
Benigno: também conhece Marco Zuluaga, um jornalista que visita rotineiramente sua namorada internada em estado critico;
A amizade entre Marco e Benigno trás ate nós a certeza de que se é possivel compreender o outro; por mais loucas sejam suas razões quando se trata de amor  e paixão.


domingo, 10 de maio de 2015

POESIA PARA CONTEMPLAR

CONVÍVIO

Cada dia que passa incorporo mais esta verdade, de que eles não vivem senão em nós
e por isso vivem tão pouco; tão intervalado; tão débil.
Fora de nós é que talvez deixaram de viver, para o que se chama tempo.
E essa eternidade negativa não nos desola.
Pouco e mal que eles vivam, dentro de nós, é vida não obstante.
E já não enfrentamos a morte, de sempre trazê-la conosco.
Mas, como estão longe, ao mesmo tempo que nosso atuais habitantes
e nossos hóspedes e nossos tecidos e a circulação nossa!
A mais tênue forma exterior nos atinge.
O próximo existe. O pássaro existe,
E eles também existem, mas que oblíquos! e mesmo sorrindo, que disfarçados...
Há que renunciar a toda procura.
Não os encontraríamos, ao encontrá-los.
Ter e não ter em nós um vaso sagrado,
um depósito, uma presença contínua,
esta é nossa condição, enquanto,
sem condição, transitamos
e julgamos amar
e calamo-nos.
Ou talvez existamos somente neles, que são omissos, e nossa existência,
apenas uma forma impura de silêncio, que preferiram.


Carlos Drummond de Andrade

(Do livro "ANTOLOGIA POÉTICA")

NA ESTANTE DO ATEMPORAL

VIVER

Quando me deparei com o titulo, confesso que fiquei com pé atrás;
Pois me pareceu um livro de auto-ajuda. Sabe: desses que ajudam o autor. Mas numa noite que não tinha muito que ver na TV resolvi o ler. O livro um misto de crônicas e poesias; observações que o autor recolhera ao longo de sua vida.
Surpreendeu-me mais ainda quando ele questiona as instituições;
E nos chama atenção para com aqueles que procuram viver de maneira subserviente diante do mundo e seus conflitos.
J. debruynne descreve de maneira muito lírica e existencialista;
Sobre as muitas personagens e situações de nosso dia-a-dia.
O que da ao livro um tom muito mais poético.
E apesar de existencialismo hoje em dia não ser muito que procuro
“VIVER” ainda consegue me provocar pela sua objetividade e flexibilidade, às vezes,  chegando a nos despertar um certo senso de humor diante da vida que antes não havia notado.
Assim que tive oportunidade de mexer com internet:
Procurei pesquisar sobre este livro e seu autor; não encontrei nada.
Tanto um quanto outro, acho eu, são desconhecidos;
Se alguém conhecer alguma coisa a respeito deste livro seria bom publicar sobre ele na internet.
E se alguém um dia esbarrar com este livro em alguma livraria ou sebo de livros: pode comprá-lo; e o ler Sem medo de viver. 

sexta-feira, 8 de maio de 2015

OUÇA O DISCO

LED ZEPPELIN


Hoje o som é pesado! Mas calma! Ele nos permite voar...
Sobrevoou o planeta pela primeira vez em 1969;
Intingando  as cabeças pensantes com suas guitarras, percusõe e voz estridentes;  surpreendendo a todos como um ataque de outro planeta.
A bordo dessa nave, ou melhor, desse zepelim de chumbo:
Jimmy Page, John Paul Jones, John bonham  e  Robert plant
“Good times bad times” já anunciava a época que estava por vir;
O LED ZEPPELIN veio de fato para marcar  uma geração que sai do movimento hipie  e buscava um som um pouco mais denso, porem, conservando um pouco da sutileza desenvolvida nos anos 60;
O disco ainda trás abordo duas canções de willie dixon:
“you shook me” e “I can,t out you baby; mostrando uma das influencias da banda.
Alem do clássico: “Comunication breakdown” o disco também conta com canções como “Black mountain” reza a lenda inspirada no livro: O SENHOR DOS ANEIS;
E também com a canção: “How many more times” minha predileta por sinal; e que encerra o disco numa interpretação magistral de Robert Plant.

É nossa dica musical de hoje. Se acaso queres voar ao som de uma boa musica e atirar todo o seu peso contra o tédio e a mesmice ouça LED ZEPPELIN  e boa viagem!

HUMOR

UM DIA DA CAÇA...


Vinha Epaminondas caminhando pelo calçadão; quando deparou-se com seu amigo Julio, triste e cabisbaixo:
- Mas o que ouve?
- Foi terrível Epaminondas!
- Mas o Que? O que foi que aconteceu?
- Um jacaré entrou lá em casa.
- Um jacaré!
- É, um jacaré, desses enormes, entende?
- Que assustador!
- Ele entrou pela cozinha, comeu a empregada.
- Nossa! Pobrezinha!
- Foi ate a sala de estar, comeu minha patroa e minha cunhada...
- Barbaridade!
- No jardim: levou de sobremesa as crianças...
- Mas que filme de terror? E você onde estava?
- Jogando bola; era domingo, dia de minha pelada.
- E só você escapou? E quanto sua sogra?
- Ai vem o mais triste Epaminondas:
- Ele a fez em pedaçinhos! Que horror! Antevê Epaminondas.

- Não. Respondeu Julio. – infelizmente a bruxa tava armada!

quarta-feira, 6 de maio de 2015

O QUE É SOLITUDE? O QUE É SOLIDÃO?

Perdido em uma ilha chamada você;
Você se encontra.
Você é mais um na multidão:
Vagando pelas ruas, ingressando nos ônibus,
Olhando a paisagem... Perdido em seus pensamentos...
Solitário como a grande maioria.
Cada dia crescente mesmo com a velocidade dos meios de comunicações.
O que aconteceu? Não era para ser o contrario?
Por que se tornou tão fácil para nós,
Olhar para uma tela, escrever o quisermos,
E não mais conversar entre nós?
O engraçado, é que na maioria das vezes,
Escrevemos muitas frases de efeito, do tipo:
Antes só do que mal acompanhado; clichê, clichê,
O que faz ou fez de nós, seres tão solitários talvez seja essa nossa angustia de não mais encontrarmos nós mesmos... e procuramos projetar no outro o que nos falta. E como o tempo esta mais para nos isolar do que nos aproximar... O outro não nos nota.
Esta mergulhado em seus planos; trabalho; ou no que puder preencher o vazio de sua alma.
Existem é claro: dois tipos de solidão; uma que se faz necessária quando se precisa ler, estudar, escrever, pensar melhor a vida. Outra que é aquela que nasce: da timidez, da nossa falta de tolerância com o próximo. Eu particularmente vivo um pouco das duas; gosto de escrever e ler; mas embora também goste de me comunicar... não sou assim muito bem correspondido.
Em que tipo de solidão você se encontra? Ela te faz bem? Te faz mal?
Que mais esperas das pessoas que passam por você nas ruas?

Eu só sei que a cada dia: mesmo com todo o meio de comunicação que possuímos... estamos deixando de prestar atenção na vida e no próximo.

José Correia Paz

AH! ESSA PARANÓIA!

Quando percebo algum tipo de paranóia; algum tipo de idéia fixa em alguém; coisa muito comum hoje em dia; devido, creio eu, ao acumulo de informação e a velocidade com que tudo se relaciona hoje em dia;
Fico sempre com o pé atrás. O excesso tomou conta de nossas vidas de maneira tão voraz! Tão engolidora! Que raciocinar no presente momento se tornou tão difícil! Ate certo ponto, por que não dizer, perigoso.
Hoje: as pessoas não querem mais raciocinar. Preferem que alguém raciocine por elas. E como em terra de cego quem te um olho é rei; é ai que esta o perigo.  O tempo vai ficando abafado; por não saber o que querem, e carentes por algum tipo de acontecimento que nem eles mesmos conseguem explicar... Nossa vida é lançada em um labirinto aonde só os mais paranóicos conseguem caminhar.
Chefiados por lideres cheios de remorsos e ressentimentos; que com suas historias de perseguição os ilude; vão transformando o mundo num manicômio insuportável!  Onde louco é quem o questiona.
A que ponto chegamos. E não percebemos; ou se percebemos; não sabemos como reagir. Ou embarcamos na loucura que se tornou dona de nosso cotidiano, ou viramos pessoa não grata.
- “fulano, fulano não sabe de nada! Nessa hora estamos sendo espionados pelo telescópio gigante... e ele nem ai! É um Ontário!”. E assim seguimos... nos equilibrando num abismo a cada dia mais infinito... Graças a todo o tipo de paranóia e idéia fixa que se alimenta da preguiça e do conformismo cravados em nós. É como se o ser humano tivesse envelhecido tanto... Mas tanto... Que em sua velhice não quer mais saber de nada. Deixa o mundo pra lá! Ele pensa. Vamos nos  desgastar em nosso excesso; o caos sempre foi e será o nosso rei.

Nos restando apenas alguns cumprimentos para esconder nossa indiferença e exercitar nossa fraca tolerância.

José Correia Paz

terça-feira, 5 de maio de 2015

O ESTRANHO CONHECIDO

O que nos torna estranho ao olhar do outro?
Nossa solidão? Nosso jeito de andar? Nossa condição social?
As tardes, vago pelas ruas e calçadões;
Não tenho emprego; sou epilético;
Meus vizinhos, com algumas exceções, claro,
Viram a cara a me ver passar...
E o estranho é que eles se dizem tão politicamente corretos... Tão cristãos...
Um verdadeiro poço de moralismo.

Certo, a maioria deles não sabe de meu problema. Uns acham que sou doido; por causa de minha solidão.  Outros, vagabundo; apesar de eu estar sempre estudando, sempre procurando trabalho, e ate fazer uns bicos quando me chamam.
Mas, no entanto a disparidade entre o discurso e a pratica dessa gente “tão cristã” é que me intriga.
Sempre que ouço alguém me dizer:
- “Jesus aceita você como você é”;
Acho que ela quer dizer:
- “Ele aceita... mas eu não”.

E assim vago, cismado, e cada vez mais
Descrente de tudo. Um estranho conhecido
E vilipendiado fantasma num mundo sem parâmetros, que nunca devia ter saído do porão.
Amenos: essa é a impressão que sinto em relação
Ao mundo; quando tento me entender com ele.

É revoltante o tratamento que é dado pelas autoridades brasileiras a pessoas com epilepsia!
Não há nenhum projeto digno que nos auxilie
Nos de condições para enfrentar nosso problema.
O epilético vive quase como um marginal.
Não há, por exemplo: alguma instituição ou mecanismo que o auxilie para conseguir trabalho.
Nas agencias de emprego há como você se candidatar
A uma vaga de emprego através de cotas para pessoas com alguma deficiência.
Mas, só se candidatar. Pois quando chega à empresa
Para onde a agencia lhe enviou...
É aquela conversa... Pegam seu currículo e dizem:
“aguarde, quando aparecer uma vaga, vamos ligara pro senhor.”.

Não sabem eles: que posso ver em seus rostos a expressão de repudio! Pelo fato de eu ser epilético.
O cansativo, é que o tempo esta passando...
E a cada dia que passa... Sinto-me descrente de tudo.
O Brasil é mesmo uma decepção.
Só discursos bonitos e pilantragem.
É revoltante o estado que se encontra, aliás: como é tratada no Brasil a saúde.
Hospitais, postos de saúde, enfim: tudo!
Tratado com descaso crônico e cínico.
Revolta ver nos postos de saúde, as pessoas virando a madrugada;
Para no final só ter vaga para 12 pessoas.
E o restante ter que tentar a sorte numa outra semana.
Uma verdadeira loteria.
Uma falta de respeito para com o cidadão e os seus direitos.
Quero aqui lançar meu protesto: contra esse modelo político;
Que se esconde atrás de um discurso politicamente coreto;
Enquanto com sua indiferença e intolerância camufladas nos excluem!

O estranho: é você ouvi os nossos governantes dizer que melhorou muito!
Certo, comparado ao século XIX; pode se dizer: ouve uma grande mudança...
No que se diz respeito apenas a medicina, houve algum avanço...
Mas isso graças ao esforço dos profissionais que se empenharam para isso;
Para amenizar a vida de quem luta por um pouco de saúde;
Mas no campo social: fica muito a desejar.
Nunca se criou ou se criou alguma coisa...
Esta muito aquém da realidade.
Precisa-se de um projeto, que possa dar a quem sofra de algum problema
Que o impeça de conseguir u lugar no mercado de trabalho uma oportunidade;
E esse projeto tem que ter transparência e vontade de transformar
A sociedade e fazer com que ela entenda e seja mais sinceramente aberta ao dialogo e a convivência com seus estranhos vizinhos.
Do contrario: todo esse discurso politicamente correto do qual nos últimos tempos tem sido praticado; não nos serve para nada.

Há não ser para se criar uma sociedade mais justa... mas só de fachada! 


José Correia Paz

segunda-feira, 4 de maio de 2015

A TELEVISÃO ME DEIXOU BURRO DE MAIS

Quando criança, ouvia sempre essa expressão:
“A televisão é a maquina de fazer doido!”
Isso numa época em que você tinha programas de auditórios
Como: CASSINO DO CHACRINHA; programas de humor como:
BALANÇA MAIS NÃO CAI; que nos provocavam com toda sua irreverência e humor.
Musicais que faziam a gente entrar em contato com o que havia de mais criativo de nossa musica;
Os autores de novelas nos traduziam o mundo através de aventuras
Que chegavam ate a beirar o surrealismo;
Tudo com muita criatividade, ousadia, e muita imaginação...
Passavam-se mais clássicos do cinema;
Ate um tempo atrás, não muito distante, passavam-se vídeo clipes!
Tudo bem, o publico talvez tivesse outras perspectivas...
Ou suas idéias se inspirassem em outros padrões;
E já que o comum na época era buscar padrões que desse alguma sofisticação para nossas vidas; assim pode se dizer: se respirava uma certa qualidade de vida.

A televisão foi e sempre será uma janela para o mundo.
Embora já divida esse posto com a internet.
E ate tem perdido para a internet.
Eu mesmo hoje: prefiro a internet a TV; assistir ao um DVD, jogar um vídeo game é bem melhor.
Ao menos os filmes não passam cortados, e você encontra mais diversão diante da tela.

Por que isso aconteceu?
Eu vos conto: TEMPOS POLITICAMENTE CORETOS!
Que vem matando a ousadia e a criatividade, não só na TV, mas também em vários outros setores, políticos e sociais também;
Sem percebermos caímos numa armadilha conservadora que envenena
Todo nosso senso de humor; deixando-nos a mercê de uma linha de raciocínio rançosa; onde pairam em sua atmosfera: ressentimentos, rancor,
E todo o tipo de paranóia e seus respectivos seguidores.
De repente: não se sabe mais o que fazer atender o publico;
E a TV se vê em uma espécie de labirinto...  Que não é o túnel do tempo...
Infelizmente, vivemos hoje um tempo muito parecidos com os dos anos 70; inflação...  Censura...
Com a diferença de que poucos se propõem a questionar,
Pois diante de tal discurso que começa culpando a janela pela paisagem; para depois nos colocar num admirável mundo novo, e engessado; como responder?
E hoje: a paisagem através da janela é periférica.
E como nossa educação seja a atual ou nos anos 70: sempre foi sucateada;
O que esperar da paisagem da janela?

O impressionante é que lutamos tanto por liberdade de expressão;
Para chegarmos aonde chegamos.
Como é chato! Ver discursos vazios; em poses moralistas querendo segundo eles: “melhorar a programação”.
Programas que debatem a programação da TV? Não sei se os chamo de ingênuos Ou coisa parecida; Que perda de tempo. O impressionante são eles acreditar que o “povão” (como costuma chamar) os assiste! Quando este: esta dormindo; tendo pesadelos com o seu time... Ou se embriagando pela noite adentro. Ou entrando noite adentro na internet.
Nos vendendo a violência de nosso próprio dia-a-dia;
Mercantilizam a Fe em plena madrugada bem diante de nosso nariz;
Como se de repente o mundo todo estivesse em uma campanha sensacionalista, insana, em prol de um mundo mais caótico!
Para que cada um possa vender mais seus produtos encima de nossas expectativas e ansiedades.
Ou seja: de repente fanatismo e violência virou a alma do negocio.
E para isso é só divide o publico entre baixaria e moralismo.


Melhor seria deixar a TV voltar a criar seus programas; com a mesma liberdade que ela tinha depois da abertura política. Onde a ousadia e a liberdade sempre usadas com inteligência
Foram sempre elementos importantes! Para a criatividade.
Voltar a ser a velha maquina de fazer doido.

Ate lá! Ate a TV recuperar sua liberdade de expressão por completo!
O que nos resta: são alguns programas de fim de noite; algumas series; e mini series que conseguem romper com essa falta de opção...
Para quem cresceu vendo TV e aprendendo através de seus talentos a respeito do mundo e de nós mesmos.
A questionar! E amar a liberdade de expressão...
E não ficar perdendo tempo com o vazio diante das câmaras
Se auto copiando; e estragando nossa diversão nos dias de chuva, por exemplo!
Dizem que a ficção reflete a realidade; ou vice versa;
Acho que a realidade e ficção se perderam se desencontraram,
Estão aturdidas diante de um mundo onde tudo se define perifericamente; deixando a sociedade de um modo em geral
E principalmente os meios de comunicação:

Num beco sem saída.


José Correia Paz

domingo, 3 de maio de 2015

Videoclipe TELEVISÃO Titãs CLIPE DO MÊS

EXTREMOS TEMPOS MODERNOS!

Não gosto de nada que contenha em si patrulha ideológica:
Política, religião, torcida organizada.
Ressentimentos e ódio; é tudo o que vejo nesses grupos.
O mundo vem se tornando insuportável!
Graças à ação desse tipo de gente
Que se auto-intitulam salvadores da humanidade.
Defensor de alguma” causa nobre”.
Cuidado com essa gente!
Eles levantam muro; envenenam os diálogos;
Perseguem quem for diferente.
Eles transpiram paranóias de todo tipo;
Como uma espécie de demônios enrustidos.
O mais revoltante: é que todos vêem as barbáries que essa gente comete; ate protesta timidamente;
Mas, em nome de uma coisa chamada: “politicamente correto”
Somos obrigados a nos acomodar;
Enquanto somos atirados num precipício em nome da arrogância dessa gente.

É um absurdo!
A intolerância tomou conta de nossas ruas;
E com sua paranóia, segue nos dividindo, e nos deixando solitários.
Ser arrogante, principalmente nas camadas mais pobres,
(Digo isso, pois, moro em uma)
Tornou-se sinônimo de estatus.
Ninguém quer ouvir o próximo.
Todos querem que o próximo ouça seu barulho.
E assim chegamos ao século XXI; quem diria? Com tudo o que temos de mais moderno... Ainda primitivos!
Só que não somos capazes de reconhecer; e entender nossos instintos;
E daí vem toda nossa contradição atual: o que queremos é ser ouvidos e compreendidos; chamar a atenção; dizer a alguém que estamos aqui!
E para isso muitos apelam ate para o mais extremo! Sendo alvo fácil de todo tipo de charlatanismo e aproveitadores.

Procuro me manter longe desse tipo de ideologia que com suas bandeiras; cavam trincheiras em nossos corações; e com suas idéias de controle... Criam um mundo mais caótico do que ele o é.


Digamos não a esses radicais. Vivamos nossas vidas na plenitude e liberdade que ela precisa ser vivida; sem querer passar por cima do próximo e sim respeitando sua existência e natureza! É o bastante.

José Correia Paz

sábado, 2 de maio de 2015

FRASE DO MÊS

"SE O MUNDO É MESMO PARECIDO COM O QUE VEJO
PREFIRO ACREDITAR NO MUNDO DO MEU JEITO"

RENATO RUSSO

TEMPOS MODERNOS BARULHENTOS!

Ao ler isto: você não estará me ouvindo.
Mas, saiba que aqui esta um tremendo barulho.
Sabe, nunca consegui entender: se existe um limite de som permitido ao ouvido humano;
então por que se fazem aparelhos que ultrapassam esse limite?
por que dar carros de corridas para pessoas comum?
Enquanto não questionamos isso; não percebemos:
que o excesso a cada dia que passa... vem tomando conta de nossas almas.
Aos poucos vamos nos tornando indiferentes, intolerantes, exibicionistas. 
É impressionante! a dicotomia desse nosso seculo XXI;
À um passo que se dizem religiosos, prudentes, e ainda esta palavra que é o maior desafio desse seculo:
se dizem: "Tão politicamente corretos".
Se aborrecem com quem não gosta do barulho.
- Fulano tem inveja de mim pois sou alegre!
enquanto fulano, só quer um pouco de paz para assistir TV, conversar ao telefone ou pessoalmente com alguém;
ou ate para ouvir um pouco de musica;
E assim o que parecia o seculo que tanto ansiamos...
pelo que se imaginava  de modernidade...
só nos trouxe ate agora barulho e paranoia;
principalmente aqui nas comunidades mais pobres;
é como se estivéssemos numa especie de breve demonstração do  inferno!

inferno que nos mesmos alimentamos com nossa indiferença;

nossa intolerância em excesso. 
Ficando para mim a pergunta: Quando será que alguém vai realmente tomar um iniciativa e conseguir mudar esse quadro
que desde então é o retrato desse nosso tempo moderno?
um caos impulsivo que nos ilude nos enchendo de falsas expectativas e desrespeito ao próximo.

José Correia Paz