sexta-feira, 30 de maio de 2014

POEMA

AO  MISTERIOSO ANJO DAS TARDES


Digo tudo e não digo nada; 
E mesmo assim falo demais.
como é longa essa estrada;
nem pensar voltar a trás.
se é por seus olhos que eu perco 
anjo do capeta!
é em teus lábios que me iludo...
Ah! seja como for...
tanto faz!

vamos nos divertir


José Correia Paz

sexta-feira, 23 de maio de 2014

POEMA

SELVAGEM CORAÇÃO


os pês descalços pisando suave um chão indiferente
teus cabelos ao vento; que  também brinca  com teu vestido.
Era fim de tarde;  aproveitamos a solidão das dunas
fizemos da praia nossa ilha;
teu corpo nu em meus braços, eu ouvindo teu coração selvagem.
sua insaciável  loucura se misturava ao som das ondas violentas
que o mar a nossa frente atirava;
fascinado por seu sorriso: eu acariciava tua pele; beijava teu colo
só para te ver mais excitada.

Selvagem coração, te faço essa canção.
Es o meu anjo das tardes; es minha Afrodite
Selvagem coração, ama-me; liberta-me;
me faça esquecer do mundo.
Só com você em meus braços é que eu encontro a felicidade.

José correia Paz

terça-feira, 20 de maio de 2014

MINHAS PALAVRAS

ECOLOGIA


Escrevi isto, quando tinha apenas 19 anos;
para um jornal estudantil quando ainda cursava o ensino médio:

  " A ECOLOGIA AO ALCANCE DE TODOS


No mundo de hoje, que o homem chama de um mundo de progresso,
ele vem se esquecendo de um fator importante para a sua sobrevivência:
é a preservação da natureza.
Enquanto o mundo se desenvolve com suas industrias e sua politica
de vida fácil e moderna, existe o esquecimento da mãe natureza.

O homem polui rios matando peixes provocando doenças nas pessoas.
Existe ainda ainda a caça ilegal nas reservas florestais
fazendo sumir de suas florestas animais raros .

A partir de tudo isso, deixamos uma pergunta no ar:
sera que isso é progredir?
Quando é que o homem vai deixar de ser tão cabeça dura, 
e começar a se preocupar?
Pois enquanto não parar com essa destruição;
nunca teremos a natureza ao alcance de todos. "


Ingênuo, não? Hoje confesso, não há mais lugar para esse tipo de ingenuidade

em meu coração. Com tudo: Ao ler este texto ; que escrevi em 1991;  bons tempos. 
tempos que apesar dos pesares, eu ainda olhava o mundo com algum entusiasmo.
Percebo que demoramos muito para desenvolver alguma consciência ecológica;  
e temos à nossa frente um prejuízo do qual não sabemos como enfrentar; e corremos contra uma especie de relógio monstruoso
gerado por nossa indiferença da gente para com o próximo, para com a natureza, da gente para com a gente mesmo.
Isso sem esquecer outros problemas sociais que à reboque;
vem nas ultimas duas décadas nos engessando e nos tornando insuportáveis; mesmo pra mãe natureza que nos criou.
O fanatismo e a intolerância: vem crescendo assustadoramente;
principalmente nas camadas mais pobres; nos separando e nos exilando, com sua paranoia e patrulha ideológica,  nos cu brindo:
com sua cortina de exclusão.

Hoje: ao contrario do texto. escrito por um menino de 19 anos;
repito: ingênuo. Não culpo o progresso  por nossos problemas. 
Afinal se não fosse o progresso: não teríamos saído das cavernas.
E o que sabemos, é que não foi fácil para nossos ancestrais. 
Eles tiveram sus desafios. Assim como em nossa época temos o nosso. As cavernas de nossa consciência.


José Correia Paz

 

segunda-feira, 5 de maio de 2014

NA GALERIA DO ATEMPORAL

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE




Meu nome é José. E por ser José, lembro-me de quando criança, ouvir sempre o mesmo refrão:
- principalmente na voz de minha avó, dona Severina (D. biu ), de quem  guardo maior lembrança cantarolando: - E agora José?. A musica era então, um poema de Carlos  Drummond de Andrade; musicado  por Paulo Diniz.
 E eu passei a achar na época, 
que cada pessoa tinha sua própria  musica.
Assim como eu me chamava José; minha avó 
que se chamava Severina tinha também sua musica; e por ai  em diante... infância, coisas de infância...

E foi assim que tive contato pela primeira vez
com a poesia de Carlos Drummond de Andrade.
Este mineiro; nascido em  Itabira; no inicio do seculo XX; participou do movimento modernista; movimento que surgiu no intuito de romper com os padrões convencionais de expressão nas artes. Ate então entre o final do seculo XIX e as duas primeiras décadas do seculo XIX, consideradas tradicionais e inquestionáveis.
Mau podia eu adivinhar que mais tarde Drummond viria à se tornar ao lado  de Machado de Assis e Jack Kerouac, um dos meus escritores prediletos. Com sua poesia irônica, observadora do homem  e seu tempo; Drummond: ao lado de nomes como Manuel bandeira, e Mario de Andrade: decantou através de seus versos,  o lado prosaico da natureza humana.        Confesso que, quando criança, a musica me assustava. - Por que " e agora José? " - eu me perguntava! .
Anos mais tarde no  ginásio;
cruzei novamente com essa musica, ou o que poderia ser na meu entender então, a letra da musica. Num livro de comunicação e expressão;
como eram chamados os livros de português e literatura na época. Lá estava o poema " José "
acompanhado de outro poema: " poema de sete  faces " . Por sinal poema que abre o primeiro livro
do Drummond: " Alguma poesia " , e também sua mais conhecida antologia poética. Se " José " me assustara quando criança pela força de sua indagação; o " Poema das sete faces " me conquistara pelo seu jeito fragmentado e irônico de interpretar o mundo em geral.

Um pouco mais à frente; terminado meus estudos;
fui encontrar em um sebo de livros, o livro "Antologia poética ". Organizada pelo o próprio autor.E o vendedor também se chamava Carlos.
E pude dai por diante conhecer mais de perto a obra de Carlos Drummond de Andrade. 
Poemas como: " A morte do leiteiro " ; " A flor e a náusea";  verdadeiras crônicas sociais  
questionando o papel de cada um inclusive o do escritor diante da vida e do mundo.  Abordando temas com:  o amor, a fraternidade e a solidão. O medo dos ditadores e dos democratas.
Para nos interpretar  a diversidade do mundo.
 " mundo mundo vasto mundo, se eu me chamasse Raimundo seria uma rima não seria solução. ".
Hoje: ao ouvir a canção, com seu refrão que quando criança muito assustava, 
" e agora José? lhe pergunto em resposta: e agora você?

José Correia Paz 




sexta-feira, 2 de maio de 2014

FRASE DO MÊS









 


" DESTINO: É VOCÊ INVESTIR NA QUILO QUE VOCÊ SONHA "

( DO FILME AS VILAS VOLANTES ( O VERBO CONTRA O VENTO ) DE 2006 )