quarta-feira, 30 de abril de 2014

HUMOR

DO FANATISMO



Essa quem me contou, foi meu amigo Marivaldo Gama:
- Num hospício, um paciente escalou a parede, agarrou-se à uma viga do teto e começou a gritar:- 
" Eu sou a luz! eu sou a luz! eu sou a luz! " . Embaixo, claro, foi aquela agitação; uns foram para mais perto, outros se afastaram; vieram enfermeiros que em seguida chamaram o doutor; o doutor achou melhor chamar a segurança; 
e todos tentavam convencer o homem a descer: 
- " Desce dai rapaz!  pra que isso? Desce vai! vamos conversar..."
E assim foi; ate que depois de muita paciência e muita destreza por parte de toda a equipe; conseguiram descer o homem são e salvo.
- " Ufa! que alivio! " . 
Mencionou alguém da equipe, sintetizando o pensamento de toda a equipe; inclusive do doutor.
Ate que de repente todos os outros pacientes 
começaram a gritar:
- " Acendam a luz! ascendam a luz! ascendam a luz...! " .

domingo, 27 de abril de 2014

POEMA

ELEGIA URBANA


Na rua há tanto espaço e lugar.
Mas hoje, nem tudo oque de melhor procuramos;
conseguimos encontrar.
Às vezes tudo se perde na poeira do asfalto.
Levantada pela afluente multidão que não para de passar...
deixando suas pegadas e lembranças...

Na rua, é tão fácil se auto-reconhecer.
Todos tem uma historia, alegre ou triste,  para contar.
Tantas coisas em comum; não tão difíceis de notar:
as mesmas caras de desilusão e espera;
a mesma sensação  de desamparo e revolta...
conflitando-se pelas calçadas.

Tendo apenas, ao fim do dia,
o alento de um sorriso; para seus esforços recompensar;
E dar-lhes a certeza da missão cumprida.

Na rua, hoje, só nos resta vê-la passar...
e dentro de seu frenético passeio
colher-nos alguma poesia;
ao menos poesia  seus melhores encantos transformar.

José Correia Paz

sexta-feira, 25 de abril de 2014

HISTORIAS QUE INVENTO, HISTORIAS QUE ME ACONTECEM

Tive um tio, cujo nome, também era José.
Um homem muito brincalhão e bem humorado. Gostava de contar piadas e historias engraçadas. Uma em especial;
que eu gostava; era essa que vou lhes contar
agora. E que ele gostava de chamar de:



A HISTORIA DO SEU FUTURO


Em minha rua, havia um velhinho
que alem de abelhudo, gostava de pregar peças. Certa vez, um casal,
recém casados e voltando de lua de mel...mudara-se para lá. E foram ser vizinhos do velhinho; que ao vê-los
tratou de se esconder e ver de que
tipo de gente eram seus novos vizinhos. Eram novos; vinte e poucos anos cada um.
Ele aparentando ser um homem responsável, zeloso, e preocupado; ela um pouco distraída. Olharam a vizinhança em volta; a casa nova por fora; e de pois entraram.

No dia seguinte: estava o bom velhinho...em sua porta...quando avistou novamente, saindo  de casa o casal. Escondeu-se novamente;
e passou a ouvir a conversas do casal; que se despedida; pois o marido ia trabalhar. Alguns beijos acanhados e em meio a recomendações o marido tirou do bolso um março de dinheiro;
não era muito; mas uma boa quantia; disse ele então:
- Olha meu bem, eu to indo trabalhar,  e você sabe...nos dias de hoje!  o mundo como esta...toma,
guarda. E entrega o dinheiro a esposa. Ela espanta-se! e sem entender pergunta:
- Mas que isso juvenal?
para quê esse dinheiro?
- É, é pro seu futuro. Responde.
E ela: - mas...mas..mas..
- Nem mas, nem menos, interrompe. - Guarde por favor! pede ele amavelmente.
- Temos que nos prevenir.
Ela,  esbeiçou um pouco, ainda sem entender,  mas, para que o marido nã se atrasa-se pegou o dinheiro e lhe disse: - A noite conversamos; bom trabalho. Ele lhe da um beijo
 e segue satisfeito.
E os dias se passaram...
passaram-se também os meses:
um, dois, três, seis meses.
E não havia dia que o marido não deixa-se alguma quantia com a mulher. - Tome, é pro seu futuro!
dizia ele sempre recomendando;
e ela, sempre sem lhe entender,
guardava o dinheiro.
Um dia: um dia como todos os outros semanais; lá estavam apostos: o velhinho cá dentro de seu portão assuntando a conversas;
o marido se despedindo da mulher
para mais um dia de trabalho;
de pois dos mesmos cumprimentos
tímidos, as recomendações; e o marido novamente: - toma, lembre-se! é pro seu futuro!
- la vem você com essa historia: é seu futuro pra lá, é seu futuro pra ca...
-Dorinha, eu já disse, temos que nos precaver...ela pegando o dinheiro:
- Vai, vai trabalhar...lhe da outro beijo.- bom trabalho.
- Ate a noite querida.
E assim seguiu ele pra sua jornada.

Meia hora de pois...alguém bate a porta. - Quem é? ela pergunta.
- Sou eu... minha filha... o seu futuro!. A voz do lado de fora,
era nada mais nada menos que,
a voz do velhinho. sim amigos,
a voz do nosso brincalhão velhinho.
Dorinha, de tão surpresa, não  sabia oque fazer. Ate que se concentrando melhor; foi atender a porta: - Eu não acredito. dizia ela. ate que fim o senhor apareceu hem!
- Pois é, é tanto lugar pra eu ir minha filha! você não faz ideia.
Disse o velhinho.
- Olha seu futuro, o senhor não sabe
como eu andava preocupada! Achava ate que meu marido " tava ficando louco! " .
Sussurra ela para o velhinho.
- Bom, agora estou aqui. diz ele.
- Ah! que falta de educação a minha; por favor entre.
- Com licença! cruza a porta e fica em pé no meio da sala.
- O senhor aceita um café?
- Não! não precisa se preocupar!
- Que nada! diz ela. Vai na mesa
no meio da sala e serve café pro velhinho: -Tome. Ele aceita. 
- Obrigado!
- Olha seu futuro, por favor, não repare na bagunça; eu vou lá dentro 
e volto logo...fique à vontade;
- Não se preocupe minha filha.
minutos de pois volta Dorinha
com um saco cheio de dinheiro...
- Aqui esta. Diz ela. Já " Seu futuro "

colocando a xícara do café na mesa:
- Ah que bom! gostei do seu café.
Diz ele, enquanto pega o dinheiro.
Dorinha, respira fundo, da um meio sorriso, e de pois começa:
-Agora...seu futuro, veja bem...
- Diga! diz ele.
- Seja o que for,  continua ela, seja o que for que o senhor e meu marido andaram combinando, por favor seu futuro...não demore não!
- Vou vim mais cedo da próxima vez, eu prometo a senhora.
-Meu marido, vai gosta muito de saber que o senhor  enfim apareceu... pena que num dia que ele ta trabalhando.
- É... a senhora vai me desculpar!
mas, eu tenho muito lugares para ir, 
não posso me demorar. Me decupe a pressa! e vai ele se retirando.
- Eu entendo. Diz Dorinha.
- Ate mais! 
- Ate mais seu futuro!
" Seu futuro " segue. Enquanto Dorinha, entusiasmada, de sua porta o observa indo embora.

A noite,  apos a janta, Juvenal ja acomodado em sua poltrona favorita, lendo o jornal.
Senta-se à sua frente:
- Juvenal?
- Oi! diz ele.
- Adivinha quem teve aqui hoje?
- Quem? pergunta ele sem tirar os olhos do jornal.
- Alguém que você tanto fala...
- Quem? insiste.
- Um velhinho muito simpático...
- Quem Dorinha?
- O seu futuro homem! já esqueceu?
que velhinho simpático.
- Não tó entendendo!
- O velhinho, pra quem você mandou guardar o dinheiro... pois é... ele teve aqui hoje, veio buscar o dinheiro; eu  o paguei. Que homem bom! diz ela em sua ino sente satisfação. Enquanto juvenal em silêncio lhe olha....sem saber o que dizer... agora era ele que estava sem entender.

José Correia Paz

POEMA

M DIA DE VERDADE


Viva... e ame...
É tudo que posso lhe dizer por hoje.
Viva... e ame...
dispense, esqueça, tudo que lhe faz sofrer!
Junte cada pedaço de tudo aquilo que te faz melhor...
e da união de cada um... terás um  inabalável escudo
 para a tua proteção!

No momento: não conheço outras palavras magicas
que nos sirva de chaves para quem tanto procura 
por um  minimo de libertação...

Viver: é estar sempre atento!
é nunca saber o momento que as oportunidades
uma chance nos darão...
é não saber as horas e as palavras certas.
É seguir somente  o que seu coração atenta!
é fazer de cada domingo à tarde um dia de verdade.
É colocar paz no coração.

E o amor: o amor faz bem a alma...
subverte qualquer insatisfação.

Viva... e ame...

Rodolfo Piegas


segunda-feira, 21 de abril de 2014

POEMA

UMA CANÇÃO DE PROTESTO


Estou cansado baby , desse jogo de cartas marcadas;
e dessa vigilancia que me faz odiar você.
Sera que você  não percebeu o nada;
que nossas vidas se atirara de pois que esse jogo começou;

Baby, essa guerra fria,  essa guerra fria,
esfriou o nosso amor;
Separou nossos espíritos de nossos corpos,
e apagou nosso calor.

Baby, essa guerra fria, essa guerra fria,
sumiu com nossos sentimentos;
transformou nossos corações em dois blocos de cimento.

HORACIL POLEMICO

quarta-feira, 9 de abril de 2014

POEMA

PERCALÇOS


Todo o sapato tem sua pedra.
Nem toda pedra, cabe num sapato.
E o andar, nosso andar, fica mais lento...
E as ruas, todas as ruas, demoram a passar...
Se endurecidos são os fatos,
mais pesado então, fica o tempo!
Aprisionado fica o ar...
inconcretos, ficam também os momentos.

E com tanto incômodo...
nos mordendo o calcanhar...
nos causando contra-tempo!
só nos resta, termos fé...
e sermos forte! 
inquebraveis e pacientes...
filosoficamente determinados qual uma rocha.

Todo o sapato tem sua pedra.
E quem foi que disse a ela,
que sapato  fosse o seu lugar?
E também: não vamos perder nosso tempo
fazendo disso uma regra;
muito menos...uma rima.


José Correia Paz

sábado, 5 de abril de 2014

POEMA

CARPE DIEM                              17/07/2001      


Enquanto passa a paisagem...
aproveite a viagem.
Sinta o vento soprar...
e lhe inspirar suas melhores lembranças.
Enquanto houver caminhos, 
haverá sempre soluções.
E tudo só permanecera igual
se não tentarmos.

E as palavras, as palavras existem.
São estrelas guias, 
são nossos principais pontos de partida,
porque não dizer também, de chegada.
E tudo só permanecera igual:
se não acreditarmos.
E ficarmos sempre,  nos consolando,
com as mesmas desculpas...
sem descobrirmos o quanto pudemos alcançar...

Sabe: se ta na vida, é pra se amar.
Aproveite a chuva...
mate sua sede... 
tome bastante banho de sol...
e se deixe iluminar!
Pois tudo: começa sutilmente!
ate chegar ao êxtase...
e deixar de ser promessa.

Roldofo piegas

quarta-feira, 2 de abril de 2014

HISTORIAS QUE INVENTO, HISTORIAS QUE ME ACONTECEM

UNS DEMAIS OUTROS DE MENOS


Ela:- Por favor, tem as horas?
Ele:- Tenho, tenho sim! tenho todo o tempo do mundo...
Ela:- ah! sim, então, por favor, me diga:
que horas são...?
Ele:- agora,são exatamente...15 horas em ponto.
Ela:- Nossa! como demora esse ônibus, não?!
Ele:- É! é sempre assim: a pressa gosta de nos ver sofrer!
Ela:- O senhor é poeta?
Ele:- Não, não...por que?
Ela:- Por nada, nada, deve ser esse seu modo de dizer as coisas, eu acho.
Ele:- A senhora, é reporter?
Ela:- Eu... não, não...por que?
Ele:- Deve ser esse seu jeito; a maneira como pergunta às horas...
Ela:-Ah! sei. Sabe: meu pai trabalhou num jornal.
Ele:- Ah sabia! logo vi! era jornalista! acertei?
Ela:- Não, hum! hum! não, era entregador de jornais!
Ele:- Hum! interessante! sabe, por conhecidencia: é uma  das profições das quais muito me facina.
Ela:- É mesmo? por que?
Ele:- O carteiro também. O entregador de pizza as vezes...
Ela:- mas, por que?
Ele:- Sabe: poder andar por ai...levando mensagens, noticias,  sejam elas más ou boas;
e coisas de outro valores...não é facinate...?
Ela:- Sei, sei, nunca havia pensado nisso antes.
Ele:- Pois é...vejá como são as coisas...já eu penso nisso o tempo todo: carteiros, jornaleiro, entregadores e pizza, ônibus que custa a chegar...
Ela:- É mesmos! tinha ate me esquecido; mas que demora!
Ele:- A senhora já pensou...o que seria de nós?
o que seria de nós, se não tivessem inventado a roda?
Ela:- Não sei.
Ele:- E o fogo? se não tivessem descoberto o fogo? 
Ela:- Não! quer dizer...as vezes... muito raramente...
Ele:- E a musica? de que outra forma preencheriamos nosso vazio sem a musica?
Ela:- Não sei. As vezes me vem umas reflexões assim...mas passa logo...me concentro nos meus afazeres, e logo passa...
Ele:- Por falar em passar...la vem seu ônibus 
eu acho. ( ele da com a mão).
Ela( entrando no ônibus):- Obrigada!
Ele:- Não tem de que!
Dentro do ônibus: ela paga a passagem; vê um assento vazio, logo acomoda-se;
vê o homem pela janela, enquanto o ônibus parte acena pra ele; enquanto isso pensa consigo:-" Amanha vou comprar um relógio
pra nunca mais ter de perguntar as horas a seu ninguém nas  ruas! ".

José Correia Paz