sexta-feira, 25 de abril de 2014

HISTORIAS QUE INVENTO, HISTORIAS QUE ME ACONTECEM

Tive um tio, cujo nome, também era José.
Um homem muito brincalhão e bem humorado. Gostava de contar piadas e historias engraçadas. Uma em especial;
que eu gostava; era essa que vou lhes contar
agora. E que ele gostava de chamar de:



A HISTORIA DO SEU FUTURO


Em minha rua, havia um velhinho
que alem de abelhudo, gostava de pregar peças. Certa vez, um casal,
recém casados e voltando de lua de mel...mudara-se para lá. E foram ser vizinhos do velhinho; que ao vê-los
tratou de se esconder e ver de que
tipo de gente eram seus novos vizinhos. Eram novos; vinte e poucos anos cada um.
Ele aparentando ser um homem responsável, zeloso, e preocupado; ela um pouco distraída. Olharam a vizinhança em volta; a casa nova por fora; e de pois entraram.

No dia seguinte: estava o bom velhinho...em sua porta...quando avistou novamente, saindo  de casa o casal. Escondeu-se novamente;
e passou a ouvir a conversas do casal; que se despedida; pois o marido ia trabalhar. Alguns beijos acanhados e em meio a recomendações o marido tirou do bolso um março de dinheiro;
não era muito; mas uma boa quantia; disse ele então:
- Olha meu bem, eu to indo trabalhar,  e você sabe...nos dias de hoje!  o mundo como esta...toma,
guarda. E entrega o dinheiro a esposa. Ela espanta-se! e sem entender pergunta:
- Mas que isso juvenal?
para quê esse dinheiro?
- É, é pro seu futuro. Responde.
E ela: - mas...mas..mas..
- Nem mas, nem menos, interrompe. - Guarde por favor! pede ele amavelmente.
- Temos que nos prevenir.
Ela,  esbeiçou um pouco, ainda sem entender,  mas, para que o marido nã se atrasa-se pegou o dinheiro e lhe disse: - A noite conversamos; bom trabalho. Ele lhe da um beijo
 e segue satisfeito.
E os dias se passaram...
passaram-se também os meses:
um, dois, três, seis meses.
E não havia dia que o marido não deixa-se alguma quantia com a mulher. - Tome, é pro seu futuro!
dizia ele sempre recomendando;
e ela, sempre sem lhe entender,
guardava o dinheiro.
Um dia: um dia como todos os outros semanais; lá estavam apostos: o velhinho cá dentro de seu portão assuntando a conversas;
o marido se despedindo da mulher
para mais um dia de trabalho;
de pois dos mesmos cumprimentos
tímidos, as recomendações; e o marido novamente: - toma, lembre-se! é pro seu futuro!
- la vem você com essa historia: é seu futuro pra lá, é seu futuro pra ca...
-Dorinha, eu já disse, temos que nos precaver...ela pegando o dinheiro:
- Vai, vai trabalhar...lhe da outro beijo.- bom trabalho.
- Ate a noite querida.
E assim seguiu ele pra sua jornada.

Meia hora de pois...alguém bate a porta. - Quem é? ela pergunta.
- Sou eu... minha filha... o seu futuro!. A voz do lado de fora,
era nada mais nada menos que,
a voz do velhinho. sim amigos,
a voz do nosso brincalhão velhinho.
Dorinha, de tão surpresa, não  sabia oque fazer. Ate que se concentrando melhor; foi atender a porta: - Eu não acredito. dizia ela. ate que fim o senhor apareceu hem!
- Pois é, é tanto lugar pra eu ir minha filha! você não faz ideia.
Disse o velhinho.
- Olha seu futuro, o senhor não sabe
como eu andava preocupada! Achava ate que meu marido " tava ficando louco! " .
Sussurra ela para o velhinho.
- Bom, agora estou aqui. diz ele.
- Ah! que falta de educação a minha; por favor entre.
- Com licença! cruza a porta e fica em pé no meio da sala.
- O senhor aceita um café?
- Não! não precisa se preocupar!
- Que nada! diz ela. Vai na mesa
no meio da sala e serve café pro velhinho: -Tome. Ele aceita. 
- Obrigado!
- Olha seu futuro, por favor, não repare na bagunça; eu vou lá dentro 
e volto logo...fique à vontade;
- Não se preocupe minha filha.
minutos de pois volta Dorinha
com um saco cheio de dinheiro...
- Aqui esta. Diz ela. Já " Seu futuro "

colocando a xícara do café na mesa:
- Ah que bom! gostei do seu café.
Diz ele, enquanto pega o dinheiro.
Dorinha, respira fundo, da um meio sorriso, e de pois começa:
-Agora...seu futuro, veja bem...
- Diga! diz ele.
- Seja o que for,  continua ela, seja o que for que o senhor e meu marido andaram combinando, por favor seu futuro...não demore não!
- Vou vim mais cedo da próxima vez, eu prometo a senhora.
-Meu marido, vai gosta muito de saber que o senhor  enfim apareceu... pena que num dia que ele ta trabalhando.
- É... a senhora vai me desculpar!
mas, eu tenho muito lugares para ir, 
não posso me demorar. Me decupe a pressa! e vai ele se retirando.
- Eu entendo. Diz Dorinha.
- Ate mais! 
- Ate mais seu futuro!
" Seu futuro " segue. Enquanto Dorinha, entusiasmada, de sua porta o observa indo embora.

A noite,  apos a janta, Juvenal ja acomodado em sua poltrona favorita, lendo o jornal.
Senta-se à sua frente:
- Juvenal?
- Oi! diz ele.
- Adivinha quem teve aqui hoje?
- Quem? pergunta ele sem tirar os olhos do jornal.
- Alguém que você tanto fala...
- Quem? insiste.
- Um velhinho muito simpático...
- Quem Dorinha?
- O seu futuro homem! já esqueceu?
que velhinho simpático.
- Não tó entendendo!
- O velhinho, pra quem você mandou guardar o dinheiro... pois é... ele teve aqui hoje, veio buscar o dinheiro; eu  o paguei. Que homem bom! diz ela em sua ino sente satisfação. Enquanto juvenal em silêncio lhe olha....sem saber o que dizer... agora era ele que estava sem entender.

José Correia Paz

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