quarta-feira, 29 de outubro de 2014

CAMINHAR

CAMINHAR


Ao menos umas duas, três vezes por semana,
vou caminhar pelo caçadão da praia.
Começo enfrente ao polo Pina, e vou ate a pracinha de boa viagem.
- Uns cinco quilômetros de ida e volta - 
segundo calculou seu Israel, meu vizinho;
que também gosta de caminhar.
Mas, não é a distancia percorrida que me interessa; e sim: as paisagens da praia,
o marulho do mar, os outros personagens alem de mim.

Tem de tudo um pouco: mulheres bonitas;
atletas se preparando para alguma competição;
garotada jogando bola, adultos também;
paqueras, namoros, vendedor de sorvete também;
malucos, malucos pra todos os gostos.
De malucos profetas, a malucos... malucos.
_ Pensou que eu ia dizer maluco beleza né! -.
Enfim: essa diversidade é que mais me interessa.
Pois é graças a ela que consigo escapar
de meu cotidiano hermético;
da vazão à meu espirito de liberdade;
exercito meu instinto e meus sentidos.

Caminhar me ajuda a organizar minhas ideias.
Me sentir mais próximo da natureza;
principalmente, de minha natureza.
Ao ar livre.. não ha como nossos fantasmas nos incomodar.  Pois ha bastante espaço para eles
se disparecer de seus anseios...

Caminho deixando  que  a caminhada 
me  ajude a me reencontrar: em cada personagem: pela paisagem; 
fontes para boas historias.
Retorno, ao por do sol... pois caminho a tarde... quando a lua sai discretamente para dar o seu passeio.
Faça uma caminhada. Alem de fazer bem ao nosso corpo, isso já dizem os especialistas é uma boa maneira de  libertar nossa mente
de todo tédio que nos trás a nossa rotina nos dias de hoje;
dias  cheios de competição; competição que nos desgasta ...
e nada melhor que um passeio para combater esse desgaste.

José Corria Paz   




sexta-feira, 24 de outubro de 2014

ESCREVER

ESCREVER

Tenho uma letra horrível!
difícil de ler, graças a meu problema de coordenação motora.
Quando criança; me recomendaram na escola
cadernos de caligrafia; eu nunca gostei, nunca consegui me dar com eles.
Ate que vendo minha resistência à estes cadernos;
uma professora me recomendou: - Faça copias dos livros. Eu só copiava os textos que gostava.
Eram poucos. Poemas de Vinicius de morais,
Cronicas de Drummond, maioria: textos que me atraiam pelo senso de humor ou algum pensamento que se aproximava de minha realidade...

Quando acabaram os textos dos livros;
Parti para copiar as letras de musicas das revistas de violão, de meu irmão mais velho;
quando adolescente eu queria ser roqueiro sabe.
Meu irmão me dera as revistas de violão dele quando casou. Por isso Mozart nunca casou eu acho.

Como ja não tinha mais oque copiar;
passei a inventar oque escrever.
De inicio tudo que me vinha à mente me empolgava; achava polemico e coisa e tal...
Ah! entusiasmo... entusiasmo...
Algumas coisas desse entusiasmo, ainda preservei
e publiquei aqui no blog.
Com vinte anos, tive contato com um pessoal
que  realizava trabalhos com jornais estudantis e comunitários; onde pude desenvolver uma ideia mais critica das coisas e ter contato com livros de grandes autores.
E passei a pensar, me tornar um grande escritor também.
Achava, ou melhor, tinha a ilusão de que um escritor, não tinha outra vida senão a de seus livros.
Demorei a perceber que um escritor é na verdade:
nada mais, nada menos, que um super herói.
Isso mesmo, São cavaleiros das trevas;  homens aracnídeos;  enfrentando e descobrindo o mundo em suas aventuras e desventuras surreais.
E por isso precisa de uma identidade secreta.
Uma profissão; para que ele possa caminhar entre as pessoas comuns; e lhes fazer justiça; combatendo os seus vilões com sua super visão panorâmica.

Sei que estou muito longe dos autores que admiro. Mas, no entanto, escrever me da prazer.
É por onde consigo enfrentar meu cotidiano;
descobri dentro de mim possibilidades de combater meus próprios vilões:
Minha timidez ; minha solidão; subverter os entraves   que o destino me em ponhe;
tendo apenas um super poder: minhas letras tortas.


José Correia Paz

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

NA GALERIA DO ATEMPORAL

JIM MORRISON                    

Nascido num período de nossa historia em que vivia o mundo uma grande guerra;  cujo o mundo enfrentava  com toda suas forças; os monstros que o cercava.
Acompanhado de perto, em sua adolescência;
as transformações que o mundo viera sofrer apos a guerra e enfrentando outra guerra: a do Vietnã.
Assim foi a aventura épica de James Douglas morrison. 

Nascido em 8 de dezembro de 1943;
Reza a lenda que quando ainda criança
teria visto um índio  sendo socorrido numa estrada;
que esse índio ao   morrer; teria lhe transferido sua alma para o garoto.
E ele se transformado num shaman.
Que mais tarde juntaria a essa dom mistico
o dom da poesia.
Publicara dois livros: " OS MESTRES E AS CRIATURAS NOVAS " e "  UMA ORAÇÃO AMERICANA ". Este ultimo, ele gravou  alguns de seus poemas em disco.

Fundou ao lado de John Densmore, Roby Krieger, e Ray Manzarek   a banda THE DOORS.
Que misturava rock psicodélico, musica flamenca e musica indigina americana;
que dava ao som da banda  um tom diferencial... isso sem deixar de mencionar que vivíamos   os anos 60; uma das épocas mais criativas do seculo XX.

Jim, talvez se encontre entre os poucos que conseguiram enfrentar os demônios de seu tempo;
e viver sua lenda pessoal. Para se transformar no mito que ate hoje ouvimos falar.

POESIA PARA CONTEMPLAR

QUEDA

Estranhos deuses  chegam
em rápidas posições inimigas.
Suas camisas são mistura
de tecido suave e cabelos.
Ao longo de seus braços, ornamentos
exibem veias mais azuis
que o sangue fingindo boas-vindas.
Delicados olhos de lagarto se conectam.
Seus gritos suaves e exaustos de inseto
fazem recrudescer o medo,
onde os medos reinam.
O roçar do sexo em suas peles.
O vento abafa todo som.
Finque sua testemunha no solo punido.

Jim Morrison

( poema tirado do livro:
"OS MESTRES E AS CRIATURAS NOVAS " )

PENSAMENTO

" AS PESSOAS ESTÃO SEMPRE EM DIVIDA UMAS COM AS OUTRAS... ATE MESMO AQUELAS QUE NÃO SE CONHECEM DE PERTO? "


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

CLEOPATRA NA TV

HUMOR

FUTEBOL AO PÉ DA TRAVE 


- É uma injustiça!
Gritava gafanhoto...
grande zagueirão do BORDOADA FUTEBOL CLUBE;
foi ate um repórter de campo, que assustado com 
o seu tamanho o ouviu falar:
- É uma injustiça cara! eu não toquei em ninguém
e esse juiz fajuto me expulsou...
- Sim, mas... perguntou o repórter calmamente:
- Mas, pra que essa moto-serra gafanhoto?
- Ah! isso aqui? tó fazendo oque o professor me pediu!
- Quem? o técnico Cancha?
- Sim! ele me disse: - gafanhoto quero marcação serrada- . Ia dar certo... mas o juiz me expulsou antes do jogo começar cara... é uma injustiça!

CINEMA ATEMPORAL


DESCONSTRUINDO HARRY



 Na sessão: " NA GALERIA ATEMPORAL ",
do mês passado, ao falar de Woody Allen:
deixei de mencionar uma obra prima desse grnde gênio
" DESCONSTRUINDO HARRY ".
Uma injustiça! peço que me perdoe.
Alias: não fui o único a cometer uma injustiça para com
essa obra prima; o filme só teve indicação de roteiro;
Quando merecia muito mais...

Woody, como sempre: irônico e sarcástico;  desfila sua metralhadora giratória sobre a hipocrisia nossa de cada dia.
Harry, um escritor, que vive pela sua primeira vez um bloqueio artístico enquanto se vê perseguido por sua vida amorosa e pessoal. Ao mesmo tempo, que esta para ser homenageado pela universidade que frequentou...  e fora expulso no passado.

Filmado em 1997: o filme, é um tapa sem mãos no politicamente correto.   Com personagens essencialmente humanos;
com todos os seus defeitos e qualidades;

Allen traça um perfil de uma sociedade que não consegue se encontrar por causa de suas convicções paranoicas.   

.


OUÇA O DISCO

A REVOLTA DOS DÂNDIS


Quando ouvi pela primeira vez " INFINITA HIGHWAY ": logo percebi que esta estrada é para sempre.
Das onze faixas desse disco, posso dizer, se fosse fazer uma trilha sonora de minha historia: ao menos sete delas teriam que fazer parte dela.

Gravado e lançado em 1987;
" A REVOLTA DOS DÂNDIS ": é o segundo disco de estúdio da banda ENGENHEIROS DO HAWAII.
Conta com a participação especial do cantor: " JULIO RENY "  . 
em duas musicas: " ALEM DOS OUT-DOORS " e "GURDAS DAS FRONTEIRAS ". Essa segunda encerra o disco.

Com arranjos bem ala Bob Dylan
a letras que falam principalmente 
de escolha e busca pessoal;  o disco é irônico e inteligente.
Tanto que chegou a ser indicado no programa da MTV BRASIL:
DECOTECAMTV. Como um dos maiores discos da historia do Rock Brasileiro.

Fica aqui a dica de hoje: ouça  " A REVOLTA DOS DÂNDIS ".
Pois não ha nada como ir alem do mito que limita o infinito.   


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

NA ESTANTE DO ATEMPORAL

O ATENEU


Intenso; polemico; desafiador para a sua época.
Escrito em 1888 por Raul Pompéia; " O ATENEU "
Narra a historia de um garoto de onze anos chamado Sergio e o começo de sua luta  pelos merecimentos da vida, como o próprio personagem comenta.

Reza  a lenda que o Raul Pompéia se baseou
num colégio chamado Abito, como fonte documental.
Lançando assim um olha bem aprofundado sobre as instituições de sua época; principalmente a escolar.
Através das descobertas e decepções que o personagem  vai sofrendo ao longo da historia.

O livro busca falar de solidão;
e companheirismo;  no mundo infanto juvenil.
Oque o torna atemporal.
Pois quem não já se sentiu em algum momento
da infância ou adolescência: só?

Gostaria de recomendar o livro de hoje:
não só para quem gosta de ler;
mas, chamar atenção de você cineasta!
Acho que o "  O ATENEU " , assim como um bom livro... daria um bom filme.


GOSTAR DE LER

GOSTAR DE LER


Apesar do pouco estudo;  meu pai gostava de ler.
certo, que na maoria das vezes, eram livros de cowboy; desses  em que a historia se resume:
em quem é o vilão, em quem é o mocinho e pronto.
Depois que ele partiu... guardei alguns desses livros comigo.
Apesar de não adimirar muito o gênero.
Quem sabe um dia eu leia pelo menos um exemplar.

  Quando senti pela primeira vez necessidade de ler; eu tinha aproximadamente uns 18 anos de idade; devido a minha gaguice ate hoje penso
que sou dislexo; e como sempre ouvi dos especialistas que leitura ajuda a superar o problema; procuro ler todos os dias.
O primeiro romance que li, como disse tinha 18 anos; foi um romance erotico, chamado "FABIANE AO ALCANCE DE TODOS ". O nome do autor infelismente não me lembro.
A historia se passava em paris; Fabiane vivia uma vida insatisfeita consigo mesma; e procurava se encontra tendo vários casos amorosos.


Com o tempo, vieram relmente livros de verdade.
O primeiro: foi " ANTOLOGIA POÉTICA DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE "; depois " QUINCAS BORBA "; e muitos outros.
Meu pai,não gostava dos livros de minha preferencia; mas, sempre que encontrava na rua,
pelos sebos que frequentava, um autor que eu gostava, me trazia: " Trouxe um livro daquele cara que só fala em defunto! ". Assim me dizia ele,
se referindo a Machado de Assis.

Hoje, tenho nas gavetas de minha comoda uns 60 livros ou um pouco mais. 
Maioria clássicos da literatura nacional e internacional: poesia, filosofia, romances,
Clássicos infanto- juvenis.
Alguns parentes me perguntam:
" pra que você quer tanto livro? ".
" Gosto de escrever; preciso ler para isso. ".
É o que respondo.
Ler hoje em dia tornou-se algo tão difícil;
tem sempre um vizinho com som auto.
Carros de som que passam anunciando desde propaganda politica... à todo tipo de anuncio.
Ou então alguém que vem conversar com você na hora da leitura; que desafio.

Quando criança: agudava meus irmãos mais velho saírem para seus afazeres, ou irem jogar bola; então escalava o beliche... e pegava um livro... que tenho ate hoje comigo:  " COMUNICAÇÃO EXPRESSÃO E CRIATIVIDADE EM PORTUGUÊS ". Eu mau sabia ler; no geral ficava olhando as figuras. 
Quando meus irmãos voltavam, eu devolvia rapidamente o livro ao seu lugar e descia ligeiro;
quando pego, era aquela reclamação: " menino! tu vai rasgar isso; " ; " tu não sabe oque ta escrito ai! pra que tu quer isso? ". E assim eu ia começando incursão literária.
Um dia: quando estavam todos  acostumados à minha trelosisse; subi no beliche; e peguei meu livro predileto; e quis pegar um outro que tinha curiosidade de conhecer... derrubei a prateleira.
Vai ver por isso, hoje, por castigo, tenho os meus livros todos engavetados.

José Correia Paz

POEMA



A UMA  DEUSA

Vem minha Deusa!
me embriagar, me enlouquecer em teus lábios.
Me faça esquecer de tudo. Na ilha de teus olhos...
Faça-me teu prisoneiro.
Que eu não perceba mais o tempo,
o mundo e seus conflitos.

Em tuas curvas provo a liberdade.
Esse verdadeiro dom do existir....
todas as frutas, todos os sentimentos,
que nos nega a competição e seus excessos.

 Construirmos nosso paraíso,  enquanto a maioria:
esta preocupada em construir trincheiras;
Vem minha Deusa!   em teus mistérios...
provo  do enigma do universo e sua historia de amor e furria!

José Correia  Paz




HISTORIAS QUE INVENTO, HISTORIAS QUE ME ACONTECEM ( VIVIANE )

VIVIANE
24/09/2012

Há uma chuva lá fora...

Lá fora, as ruas lamentam:
Um tempo frio e solitário.
Dias vazios, noites sem aventura,
corações ausentes de poesia.

Viviane em seu quarto se pergunta:
" o que fazer? ". 
Resignar-se com todo esse tédio, talvez fosse solução? mas, resignação nunca foi o seu forte.
Tudo oque ela deseja no momento é uma noite de amor.  Um amor selvagem! intenso! 
" Amar... amar em todas as posições... isso não resolveria; mas amenizaria essa minha insatisfação! ". Diz consigo.

Deitada em sua cama, fecha os olhos...
Fora o som da chuva... ouve-se apenas respiração
e o tic-tac frio do relógio:
" As hora nada esperam de nós. Já conhecem de có
nossa rotina. Elas vão sempre avante.... com seu andar indiferente. Nada, nada lhes importam. 
Nada, nada lhes é importante. ".
Então abre os olhos.... sorri... olhando para o teto diz: " Por um instante... tive um suspiro poetico! ".
É tarde agora.
" Eu merecia ter melhor sorte! ". Explode!
Cresceu ela, com um sonho:
Encontrar auguem  que lhe ame loucamente.
Com este alguém: construir família;
e se não ser feliz; ao menos tentar...
viver uma vida digna... já era o suficiente.

Viviane tem 26 anos; todos os seus planos, ou maior parte deles, hoje se encontram distantes.
Ou não tão distantes.
" Tudo é uma questão de tempo... mas, quanto tempo? "  Levanta-se!   cansada de refletir:
sua vida; o mundo; suas chances...
Liga o radio afim de espaireces.
Toca uma musica da " LEGIÃO URBANA " 
O refrão é assim: " Vem cá meu bem! que é bom viver! o mundo anda tão complicado;
hoje eu quero fazer tudo por você. " .

Ela abaixa um pouco o volume.
Apaga a luz do quarto. Tenta dormir.
quem sabe em seus sonhos... o mundo fusione 
mais à seu favor?

José Correia Paz

terça-feira, 7 de outubro de 2014

MINHAS PALAVRAS

NÃO EXISTEM MAIS MELÓFILOS COMO NÓS!


Te lanço um desafio!
se você gosta mesmo de musica;
se tem uma radio; um veiculo em extinção ultimamente.
Ou simples ouvinte; que  gosta de musica, apenas pelo prazer de aprecia-la somente. Para espairecer do caos do dia-a-dia.
Te lanço este desafio: desde sua primeira hora da manhã ate a sua hora de dormir; tocar uma musica diferente.
Isso mesmo! lês-te bem claro.
Sem repetir musica, podes ate repetir gênero,
digamos umas três vezes a cada período do dia.
Mas, não pôde repetir musica.
Pode ate repetir artista;
Mas, por favor! não repita musica.

Este talvez seja o único meio de tirar do marasmo,
do enfado, e da mesmice dos últimos tempos...
a nossa boa companheira, por essa estrada chamada vida, a musica.
Nietzsche já dizia: " Sem a musica, viver seria insuportável ".  De fato, ele tem toda razão.
Precisamos muito de musica para suporta o nosso mundo. E nos suportar também.
No em tanto, acredito que já é tempo de buscarmos alguma reação.
A mais vinte anos que não conseguimos sair do mesmo tom.

Sabe, havia um tempo,
em que eu podia ouvir no radio, quando existia radio  para mim.
pois perdi o estimulo diante desse cenário
que ai esta, para ouvi radio.
Havia um tempo em que você podia ouvir:
desde Luiz Gonzaga à Rolling Stones;
de Reginaldo Rossi à Chico; Caetano;
do The cure à turma do balão magico.
A bolsa nova e a jovem guarda, em sua disputa:
 nos deram grandes frutos, talentos ate hoje reverenciados.
E tudo Fluía espontaneamente... sem nenhuma forçação de barra; ou patrulha ideológica;
nada de politicamente correto
para nos encher o saco.
Não que não houvesse competição entre os gêneros;
e que os artistas não tivessem suas opiniões musicais. É justamente essa competição e essa falta de opinião que nos faz falta hoje.
Ninguém quer mais ouvir o musico.

Sei que você deve esta lendo isso; e pensando:
- Mas que saudosista! -. Mas, saiba que não se trata de saudosismo. E mesmo que seja, quem tem saudades de coisa ruim?
Eu não tenho um pingo de saudade dos anos noventa. Que aliás, tão demorando a acabar...
e parece ficar pior a cada ano.
Falo de um tempo que fazia de nós descobridores.
Que o trabalho de um artista nos traduzia o mundo.
E por serem diferentes em opinião e gênero;
eram vários mundos à nos instigar.

Existem hoje bons músicos.
Alguns com reconhecimento internacional.
Mas, que vez eles tem aqui nos dia de hoje?
Tirando algumas rádios, alguns programas especializados em cultura; verdadeiros oásis!
nesse marasmo autoritário que tanto nos enfada;
O que ouço é o vazio...
E sua dicotomia estérica...
Ora cantando como a novinha deve sentar e levantar; ora bancando o fanático:
cantando que é perseguido, que nossa vida é um inferno! e só ele sabe " o caminho da salvação ".
Inútil pornografia! santa cooptação!
Eis o que nos resta para hoje.

E pensar que houve um tempo em que culpávamos: a mídia e o jaba; como os vilões da historia. Hoje percebo que o maior desafio
do artista: esta em vencer o mau gosto popular
que tem feito tanto sucesso nos últimos tempos.
Por isso te lanço este desafio!
Seria talvez o único meio de tira do limbo...
novos e velhos artistas e seus criativos trabalhos.
Envés de ficar ouvindo a mesma musica de de manhã ate o anoitecer pra não contraria o rebanho... façamos a experiência.
Pois como já cantava o Jim Morrison:
" Quando a musica acabar apaguem as luzes".

José Coreia Paz

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Rafael Castro - Surdo Mudo CLIPE DO MÊS

CRONICAS ATEMPORAIS

O FUTURO


Não, não diga nada.
é perda de tempo.
Ó tédio! ó tempo banal que nós encontramos!
Dizer o que se sente; tornou-se tão perigoso.

Não é nada fácil romper com essa rotina fria.
Ela nos trai e nos trai;
desespero e delírio soam pelos alto-falantes.
As sombras da indiferença cumpre seu itinerário... golpeando alma a alma.
A competição nos tornou bárbaros; barulhentos;
e sem noção.
Cavando trincheiras em nossos corações.

Não, não diga nada.
Não digamos nada.
Não vês? estão todos com pressa...
competindo com você...
que tão ingênuo acha que tudo vai mudar no futuro.

Eles são o futuro.

José Correia Paz

FRASE DO MÊS







" EU ODEIO O POVO
POR ELE PENSAR QUE NÃO TEM CULPA "

( DO FILME A GRANDE CIDADE - 1965 )