sábado, 21 de dezembro de 2019

AS MELHORES FRASES E PENSAMENTOS DE 2019

LIBERTAS QUAE SERA TAME”

Virgilio

“Se concedermos a natureza humana apenas o que lhe é essencial, a vida do homem vale tão pouco quanto do animal”.

Shakespeare: rei Lear 

"HIPOCRISIA:

Arte de exigir dos outros
Aquilo que não se pratica".

Mario Quintana

“É tudo o que vemos
Mas parece um sonho dentro de um sonho”

Edgar Allan Poe


 “Se você se amar, vai amar o outro. Se você se odiar, vai odiar o outro. Porque o seu relacionamento com os outros é apenas um espelho de como você se relaciona com você mesmo”

Osho~

Aquele que não conhece a verdade é simplesmente um ignorante, mas aquele que a conhece e diz que é mentira, este é um criminoso. ..

Bertolt Brecht

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

AS MELHORES PIADAS DE 2019


 MAL ENTENDIDO

- É uma injustiça!
Gritava gafanhoto...
grande zagueirão do BORDOADA FUTEBOL CLUBE;
foi ate um repórter de campo, que assustado com
o seu tamanho o ouviu falar:
- É uma injustiça cara! Eu não toquei em ninguém
e esse juiz fajuto me expulso...
- Sim, mas... Perguntou o repórter calmamente:
- Mas, pra que essa moto-serra gafanhoto?
- Ah! Isso aqui? To fazendo o que o professor me pediu!
- Quem? O técnico Cancha?
- Sim! Ele me disse: - gafanhoto quero marcação serrada-. Ia dar certo... Mas o juiz me expulso antes do jogo começar cara... É uma injustiça!

CAIR NO BURACO NÃO É PECADO

Na cidade, todos sabiam que as mulheres que ao se confessarem, quando traiam, diziam que tinham caído no buraco.
Um dia é substituído o padre. E o novato não sabia de nada a respeito do que estavam lhe confessando as mulheres. Ingenuamente disse a todas que cair no buraco não era pecado e foi reclamar com o prefeito:
- Senhor prefeito, o senhor precisa cuidar melhor das ruas. Elas estão cheias de buracos.
O prefeito que já sabia de tudo o que se passava, caiu na gargalhada.
Então o padre lhe disse:
- o senhor ri? Só essa semana, sua esposa já caiu cinco vezes!

DESCONFIANÇA

Edgar chega de viagem e a sua mulher ciumenta lhe pergunta:
- Que significa este cabelo loiro em seu paletó?!
E tentando se safar ele responde:
- Significa que você não manda lavar meus ternos desde quando oxigenou os cabelos querida.

NO ARMÁRIO

Desconfiado da mulher o homem chega em casa mais cedo e começa a procurar com a arma na mão por um suposto amante.
Abre a porta do armário, e da de cara com um sujeito dentro dele:
- O que você está fazendo ai? Ele pergunta.
- Eu vim dedetizar o armário, as traças estão comendo todas as roupas!
- Mas, mas, nu?!
- Não lhe falei? Elas já comeram as minhas também. E eu nem notei...

domingo, 15 de dezembro de 2019

FRASE DO MÊS


Aquele que não conhece a verdade é simplesmente um ignorante, mas aquele que a conhece e diz que é mentira, este é um criminoso. ..

Bertolt Brecht

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

VERSOS EM PROL DA HARMONIA E DA PAZ DE ESPIRITO


Não dês ouvidos ao ruído.
O ruído não é palavra.
E sim, silabam fragmentadas e aturdidas!
Pela insensatez que emudece o sentido
De tudo o que queremos ou quer fazer-se:
Compreender.

José Correia Paz

sábado, 7 de dezembro de 2019

Dizendo Gullar #6

PENSAMENTO


“Se você se amar, vai amar o outro. Se você se odiar, vai odiar o outro. Porque o seu relacionamento com os outros é apenas um espelho de como você se relaciona com você mesmo”

Osho

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

POESIA PARA CONTEMPLAR


VERSOS INSCRITOS NUMA TAÇA FEITA DE UM CRÂNIO

"Não, não te assustes: não fugiu o meu espírito
Vê em mim um crânio, o único que existe
Do qual, muito ao contrário de uma fronte viva,
Tudo aquilo que flui jamais é triste.

Vivi, amei, bebi, tal como tu; morri;
Que renuncie a terra aos ossos meus
Enche! Não podes injuriar-me; tem o verme
Lábios mais repugnantes do que os olhos teus.
...

Onde outrora brilhou, talvez, minha razão,
Para ajudar os outros brilhe agora eu;
Substituto haverá mais nobre que o vinho
Se o nosso cérebro já se perdeu?

Bebe enquanto puderes; quando tu e os teus
Já tiverdes partido, uma outra gente
Possa te redimir da terra que abraçar-te,
E festeje com o morto e a própria rima tente.

E por que não? Se as frontes geram tal tristeza
Através da existência -curto dia-,
Redimidas dos vermes e da argila
Ao menos possam ter alguma serventia”

Lord Byron

sábado, 30 de novembro de 2019

PENSAMENTO


“É tudo o que vemos
Mas parece um sonho dentro de um sonho”

Edgar Allan Poe

CINEMA ATEMPORAL

WHEN YOU'RE STRANGE


Lançado em abril de 2010 o documentário tem a participação de Johnny Depp que narra à história de uma das bandas de rock mais importantes da América, o The Doors, e também do seu carismático líder, Jim Morrison. A produção inclui também imagens de arquivo e sessões de gravação e apresentações raríssimas da banda nos EUA e na Europa.

Depoimentos dos integrantes da banda ainda no auge da fama e todos os desafios enfrentados nos tão badalados anos 60 e o contexto de uma época que marcou a história.

sábado, 23 de novembro de 2019

Antônio Abujamra recita poema 'Use filtro solar', de Mary Schmich

AMOR EM TODAS AS POSIÇÕES


AMOR EM TODAS AS POSIÇÕES      17/09/2014


Que acontece dentro da gente, quando estamos amando?

AOMR...
AORM...

Que ruídos estranhos são esses?

RAOM...
ROAM...

E nos faz ver o mundo, por todos os ângulos;

MAOR...
MRAO...

Que faz nossas línguas se misturarem;

ROMA...
MARO...

Para esquecermos-nos do mundo, e de suas atribulações

RMAO...
RAMO...
AMOR...!


José Correia Paz

sábado, 16 de novembro de 2019

ECOLOGIA


FONTES DE ENERGIA RENOVÁVEIS

Fontes de energia renováveis são aquelas que têm a possibilidade de se renovar, como a energia solar, a hidráulica, a eólica (ou sendo: dos ventos), a das marés e as da biomassa (conjunto de seres vivos de uma região medidos indistintamente em termos de massa como, por exemplo: o carvão vegetal).
Muitas dessas fontes se renovam naturalmente e se cuidadosamente administradas (praticas de conservação) podem durar indefinidamente.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

HUMOR



NO ARMÁRIO

Desconfiado da mulher o homem chega em casa mais cedo e começa a procurar com a arma na mão por um suposto amante.
Abre a porta do armário, e da de cara com um sujeito dentro dele:
- O que você está fazendo ai? Ele pergunta.
- Eu vim dedetizar o armário, as traças estão comendo todas as roupas!
- Mas, mas, nu?!
- Não lhe falei? Elas já comeram as minhas também. E eu nem notei...

DENTRO DO CAOS


A canção continua a mesma.
No escuro, seja aqui, lá,
E em todo lugar.
Paciência e sonhos, quase congelados,
Esperando em vão...
E você ainda diz: - será?

La fora há um tremendo barulho!
Tão vulgar! Tão covarde!
Que é impossível ser-lhe indiferente.
E não descrevê-lo, por mais insignificante que seja...
Ou se concentrar no trabalho;
Para ao menos com minhas amigas palavras
Conversar e me diverti e me encontrar.
É quase impossível... Senão impossível.

E de nada adianta os bons conselhos!
E nem ao menos sermos nós mesmos.
De nada adianta.
A não ser para exercitar nosso desempenho!
Nossa vontade e confiança.
Ah! E dizem sempre ser bom termos algo brando
Nossa atenção em momentos tão turbulentos.

E a canção continua a mesma.
Nos seguindo solidaria com seus alentos...
Dando-nos coragem para suportar
Nossos próprios maus exemplos!
E um dia quem sabe?
Quando todo esse barulho acabar,
Nós vamos poder ouvir com mais nitidez...
O que ela tanto tem tentado nos dizer
Durante todo esse tempo...

Então eu saberei também
O que durante todo esse tempo
Tanto andei escrevendo.

José Correia Paz

terça-feira, 5 de novembro de 2019

Odair José - Dia 16 [Clipe Oficial | CD Dia 16] CLIPE DO MÊS

PRIMAVERA


Renascem as flores...
Há tempos esse nosso caminho precisava de alguma renovação.
E mais aliviados então... Podem suspirar os amantes.
Pois agora neste instante:
Há mais cores... Para os seus sonhos adornar.
Há mis mecanismos... Vivos!
Para quando palavras faltar.

Há mais alimentos:
Para o reforço dos sentimentos que em cada coração punge...
Na tentativa de se fazer notar,
Renascem as flores...
Parceiras mais fieis do amor.
Amor: colhido na mais pura contemplação de nosso olhar

José Correia Paz

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

OUÇA O DISCO

ODAIR JOSÉ HIBERNAR CASA DAS MOÇAS OUVINDO O RADIO 

Simplesmente genial! Simplesmente o melhor disco de rock de 2019. E feito por quem sabe fazer. Odair José nos presenteia com toda sua inteligência e criatividade e nos convida para uma reflexão, para uma rebelde reflexão sobre esses nossos tempos atuais.
Destaques: todas as cações são destaques pois em cada uma traz um pouco de tudo que vem fazendo parte de nosso cotidiano.

OUÇA O DISCO!

E viva a democracia! Viva a liberdade de expressão!

OUÇA O DISCO  

POESIA PARA CONTEMPLAR


A volta da primavera

Castro Alves

Aime, et tu renaítras; fais-toi fleur pour éclore,
Après avoir souffert, il faut souffrir encore;
Il faut aimer sans cesse, après avoir aimé.

A. DE MUSSET

AI! Não maldigas minha fronte pálida,
E o peito gasto ao referver de amores.
Vegetam louros — na caveira esquálida
E a sepultura se reveste em flores.


Bem sei que um dia o vendaval da sorte
Do mar lançou-me na gelada areia.
Serei... que importa? o D. Juan da morte
Dá-me o teu seio — e tu serás Haidéia!


Pousa esta mão — nos meus cabelos úmidos!...
Ensina à brisa ondulações suaves!
Dá-me um abrigo nos teus seios túmidos!
Fala!... que eu ouço o pipilar das aves!


Já viste às vezes, quando o sol de maio
Inunda o vale, o matagal e a veiga?
Murmura a relva: "Que suave raio!"
Responde o ramo: "Como a luz é meiga!"


E, ao doce influxo do clarão do dia,
O junco exausto, que cedera à enchente,
Levanta a fronte da lagoa fria...
Mergulha a fronte na lagoa ardente ...


Se a natureza apaixonada acorda
Ao quente afago do celeste amante,
Diz!... Quando em fogo o teu olhar transborda,
Não vês minh'alma reviver ovante?


É que teu riso me penetra n'alma —
Como a harmonia de uma orquestra santa —
É que teu riso tanta dor acalma...
Tanta descrença!... Tanta angústia!... Tanta!


Que eu digo ao ver tua celeste fronte,
"O céu consola toda dor que existe.
Deus fez a neve — para o negro monte!
Deus fez a virgem — para o bardo triste!

domingo, 27 de outubro de 2019

Maria Rezende - Risco

MEMÓRIA ATEMPORAL


A VOLTA DAS TREVAS

Voltamos à idade media, ou será a humanidade é que não evoluiu em nada?
Tenho 42 anos; e entre o final dos anos 70 e os primeiros anos da década de 80:
vi o mundo passar por mudanças significantes em sua historia.
Não que hoje, não tenha importância o nosso momento atual!
Afinal: aprendemos com nossa historia; para que possamos nos desenvolver;
Pois segundo sei: esse é ou é pra ser nosso destino.
A diferença, esta em nossa atitude. Pois me lembro de quando criança e adolescente;
Assistir a aberturas políticas; o fim dos regimes autoritários; queda de muros que impediam
O mundo não só de respirar como também de se descobrir
Por causa de suas barreiras ideológicas.
Que bem fez ao mundo essas aberturas e mudanças! Enfim pudemos buscar melhorias
No campo de nossas relações sociais. E a economia em países emergentes como o Brasil, por exemplo:
Conseguiu grandes melhoras. Como isso tudo me entusiasmava; pois criava dentro de mim grandes expectativas em relação ao meu futuro e o futuro das pessoas ao meu redor.
Ilusão, ilusão, tudo ilusão.  Hoje vejo aquele garoto de meu passado a me dizer: - mentiram para o senhor.
Infelizmente, percebo que alguns não acompanharam tais transformações.
Uns talvez por houver chegado agora; outros mais velhos por não ter intendido, ou não aceitar
Que o nosso destino seja avançar para frente. Em busca de nossa melhora.
Vejam: não peço o fim do combate, não, sei que o com frito é inerente a tudo isso;
E que precisamos dele como uma espécie de combustível em nossa jornada.
Falo da falta de sensatez e direcionamento. Que vem tomando conta de nossas almas
Talvez nos últimos 20 anos. Nunca pensei que o mundo fosse ficar tão insuportável;
Que eu fosse ver pessoas sendo linchadas e mortas como bruxas, ou por causa de algo que
Deveria ser um lazer: o futebol. Nunca pensei que ainda existia dentro de nós tanto fanatismo; tanto maniqueísmo;
Tanta intolerância; e que o cinismo e a indolência fossem nos tornar seus súditos.
E o que me deixa mais triste: é perceber que este tem se tornado, um caminho sem volta para nós.
Não sabemos nem mais protestar. Não é verdade.
Pois vejo nas manifestações de hoje em dia: Uma certa mistura de saudosismo com alucinação.
Mistura perigosa por sinal. Digo isso por experiência própria.
Alucinados por querer viver um momento parecido com
O de 50 anos atrás; juntam-se aos saudosistas que parecem pedir pela volta desse tempo.  E da no que da: um absurdo!
O que pensam essas pessoas? Reviver aquelas imagens em preto e branco dos confrontos dos militantes contra a repressão
Ao som das musicas de Geraldo Vandré, Caetano e Raul seixas?
Não caro leitor! Já passou... E que não se repita mais.
E hoje, caso não saibam ou não percebam: esse nosso tempo
É bem diferente culturalmente.
E aproveitemos hoje esses grandes artistas e suas canções:
Atuais sobre esse nosso tempo; ou mesmo as antigas feitas na tempestade. Elas ainda têm muito a nos dizer e nos contar
E ensinar sobre nossa historia neste planeta.
E de, pois: já temos a ditadura do politicamente correto para nos acorrentar por hoje. Não é verdade.
Sei que o mundo já passou por momentos obscuros em sua historia... E não seria diferente agora, nem será diferente no futuro. O que me incomoda é essa postura convencida e austera de quem acha que vai salvar o mundo.
Enquanto não procura saber da historia de seus erros;
Para que possamos com fritar com um pouco mais de inteligência e coerência.


JOSÉ CORREIA PAZ


sexta-feira, 25 de outubro de 2019

HUMOR


DESCONFIANÇA

Edgar chega de viagem e a sua mulher ciumenta lhe pergunta:
- Que significa este cabelo loiro em seu paletó?!
E tentando se safar ele responde:
- Significa que você não manda lavar meus ternos desde quando oxigenou os cabelos querida.

O CÃO E O MENDIGO


Certa vez, enquanto passeava pelo Recife Antigo. Vinha eu pelo Espaço Alfandega, em uma manhã de domingo, quando percebi um mendigo dormindo na calçada; ao seu lado; seu cão. Um cachorro preto, peludo, um bonito vira-lata;
passei por ele, o admirando.
Admirando sua lealdade; para com o seu dono sem teto. E quando já ia um pouco distante, filosofando fiado comigo mesmo:
- “o melhor amigo do homem”; ia dizendo.
Quando senti o cão do mendigo me atacar... Não chegou a me morder.
Embora sentisse seus dentes bem próximos de minha calça jeans. Foi um tremendo susto. Gritei com ele ate o afastar; e fui andando ouvindo seus latidos e rosnados ecoando pela rua.
O seu dono, nem acordou. Se eu fiquei com raiva do vira-lata? Não.
Já tive cachorro. Um pequinês; Chamava-se Elvis.
e tenho certeza que ele faria o mesmo.
Defenderia o sono de seu dono.
A única coisa que fiz, e não sei se foi certo, foi passar álcool gel no local aonde senti os dentes do cão. E passei o dia, me policiando, procurando algum sintoma qualquer; medo de virar “lobisomem” eu acho.
Mas, ao ver a foto, me lembrei desse fato; e fui pesquisar na internet a respeito cachorros de rua.
Descobri que existe no Recife, mais de 1oo mil de cães e gatos abandonados.
30 milhões de animais abandonados.
E que a maioria desses abandonos acontece por que: algumas famílias, ao viajar, deixam os seus animais de estimação sozinhos em casa.
E ao se verem abandonados; grande maioria foge...

PENSAMENTO



“É tudo o que vemos
Mas parece um sonho dentro de um sonho”

Edgar Allan Poe

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

A Arte de Perder, poema de Elizabeth Bishop, por Antonio Abujamra, Provo...

BOSA DO NUMERO DO CRAQUE


Olha meu bem,
Se na sua lista não sou o numero um.
De modo algum,
Vou me importar com o numero dez.

Que apesar de na sua lista está lá no fim...
Na seleção é o numero do craque...
E isso não é ruim.

E como todo o craque, eu sei meu bem:
Que só de mim gols de placa você pode esperar.

Gols feitos com os pés,
Ou feitos com as mãos,
Todos eles eu sei,
De qualquer jeito mexem com seu coração.

Jogo com você em qualquer posição:
Goleiro te agarrando,
De atacante te atacando,
Comigo no seu time:
Não vai faltar emoção!

J. C. Paz

QUANDO NUBLA O TEMPO


Apesar de eu ser um grande admirador do verão; pois nasci em fevereiro; mês de sol e calor. Dias nublados me fazem sentir saudades de minha infância. Eu morava numa casa de fundo de quintal; no quintal de minha avó; D. Bil. Éramos sete; minha mãe, meu pai, meus quatro irmãos e eu. Sabe: não sou afeito ao inverno, por esse efeito melancólico que ele nos produz; e como já disse antes: detesto melancolia. Mas, não sei por que, dias como o de hoje também me fazem se sentir saudosista. A primeira coisa que me vem à mente: é o olhar que lancei pela janela da cozinha de minha casa, e a sensação de tranqüilidade que senti olhando para nuvens, que eram muitas como agora; e pouco podia se ver do azul do céu.
Lembro-me que corria pelo quintal em meio ao vento frio, e plantas que ondulavam ao vento, atrás de uma bola que ganhei de presente de um tio. Que também se chamava José. De às vezes, jogar bola com um de meus irmãos e ate primos e vizinhos. De inicio: não tínhamos TV, e quando conseguimos comprar uma: pouco podia assistir... a energia era muito cara. Vivia o Brasil: um período de trevas! Repressão política etc., eu: claro, uma criança não entendia o que se passava, mas a maneira de agir das pessoas, não era difícil de entender que tinha alguma coisa errado. – hoje percebo o quanto esse céu nublado contrata com a realidade da época.  E como nunca gostei de autoritarismos; talvez venha daí meu repudio ao inverno.
Lembro-me também das minhas primeiras idas à escola. Minhas primeiras aproximações com as letras. Não foi  assim grande coisa; eu não me importava muito. Não havia assimilado a importância dos estudos pra minha vida. Era uma escola que ficava na rua do caju, a professora se chamava: Nelinha,  lembro-me que ela tina um cachorro preto, peludo, não sei dizer a raça. Sei que muita criança se deveria com ele ao recreio. E de que no inverno,para chegar a escola tínhamos que atravessar por sobre pedras a maré alta. Quando não tinha aula: quando não por causa de um feriado, mas por causa da chuva; ficava eu, olhando os quintais. De casa e da vizinha, vendo a maré inundando tudo... E comparava com os rios que via na TV, nos filmes de Tarzan.
E pensar que tantas lembranças, cabem nua nuvem; fora o que só vou contar depois, das chuvas que tomei a caminho da escola. Ao som de canções como Aline, por exemplo, me fazendo se sentir um personagem de um filme Noir.   As vezes que cheguei ensopado na escola; não pelo medo de perder a aula, mas por causa de alguma garota que nem sabia de minha existência. Na educação física: o jogo de bola debaixo de um céu nublado e o eco de nossas vozes pela praia... Transformava-nos em Deuses do Olímpio.
O que grava essas nuvens hoje? Que observo de minha janela? Alem das lembranças e as mulheres bonitas que vejo passar. Guardarei seus desenhos em alguma nuvem em minha memória; para quem sabe numa próxima postagem as contar.

José Correia Paz

domingo, 20 de outubro de 2019

OUÇA O DISCO

LENO A VIDA E A OBRA DE JOHNNY McCartney

Vou lhes contar uma história, sobre a vida e a obra de Johnny McCartney.
Quem é ou quem foi Johnny McCartney? Eu não sei.
Alias sei. A vida e a obra de Johnny McCartney é um disco do cantor Leno. Gravado entre os anos de 1970 e 1971.
O disco trás parcerias pra lá de empolgantes.
Pra começar um certo Raulzito Seixas. Isso mesmo: Raul Seixas, que divide junto com Leno e Roberto Barros a produção e a autoria de sete das treze canções do disco.
Como bandas de apoio foram convidadas: “A BOLHA””, “RENATO E SEUS BLUE CAPS”, “GOLDEN BOYS”, “TRIO TERNURA” e a banda uruguaia  “LOS SHAKERS” Destaque para as cançõesJOHNY McCARTNEY”,  “PEGUEI UMA APOLLO” de Arnaldo Brandão, “CONTATOS URBANOS” de Iam Guest, “POR QUE NÃO?”. “LADY BABY”, “SENTADO NO ARCO IRIS” “POBRE DO REI”. Canção de marcos vale e Paulo Cezar Vale, outra grande surpresa do disco. E “NÃO HÁ LEI EM GRILO CITY”.
Gravado nos estúdios da CBS nos estados unidos, o disco ainda sofreu censura do governo da época. O que levou a gravadora a engavetar o projeto. Só sendo lançado em 1995.
Para hoje ser nossa dica na sessão OUÇA O DISCO neste mês.
A VIDA E A OBRA DE JOHNNY McCartney é uma daquelas obras que jamais deveria ter sido censuradas! Mas que conseguiu sobreviver aos obstáculos e atravessar os tempos e provar sua importância e confirmar o talento de todos que dele participam junto com Leno.
Não há como não ouvi-lo sem sentir um entusiasmo envolvente e assim dizer: viva o rock and Roll! Viva a paz! Viva o amor! Viva a liberdade!

OUÇA O DISCO

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

O Terno - Pegando Leve (clipe oficial) CLIPE DO MÊS

CRÔNICAS ATEMPORAIS


POR QUE DAMOS TCHAU PARA OS BEBÊS?

Vinha eu voltando de minha caminhada, pelo calçadão da praia, quando: notando que ainda era cedo; e usando meu cansaço como desculpa, resolvi me sentar em um batente entre a areia da praia e o calçadão. Ali fiquei admirando os outros transeuntes que também se exercitavam; gente e mais gente... Indo em direção a Boa viagem ou vindo de Boa viagem. Ate que passou por mim uma moça bonita! Muito bonita! Empurrando um carrinho de bebê; dentro dele lá estava o passageiro; inquieto; admirando tudo a sua volta; fixou seus olhos em mim; e eu lhe sorri. A mãe, vendo o interesse da criança por minha pessoa, disse: - da tchau pro moço! - A criança nada fez.
Mas, que fiz eu: de tchau pro bebê. Mãe e filho seguiram seu caminho; e enquanto os perdia de vista comecei a pensar: por quê? Por que damos tchau para os bebês? Quando crianças, ainda no berço parece ser a primeira coisa que aprendemos; a acenar para vida.
E como são engraçados, os adultos, mesmo com todos os problemas que lhes secam... Acenar para nós... Como se nada os incomodassem; como se o mundo não fosse esse jardim cheio de espinhos.
Quando criança, confesso: não gostava de acenos. Céus! Eu era muito chato! Certa vez: estávamos minha mãe e eu, e mais uma amiga da família no centro do recife; minha mãe precisou ir à um banco; e deixou a mulher tomando conta de mim no lado de fora; A dona olhava para mim: e fava e gesticulava feito criança;  eu tinha, se não me falhe a memória... Entre sete e oito anos; sorria um riso tímido, meio de lado; e pensava: - “ou essa mulher é louca! Ou ta pensando que sou um bebê!”. Mas, por quê? Por que damos tchau para o bebê?
Talvez por criança: rimar sempre com esperança; e o alento que nos trás suas bochechas risonhas nos alivia do peso do mundo. E para melhor nos entender com a vida acenamos para o seu futuro. Vinha eu voltando para casa hoje. Pensando nesse assunto; quando deparei-me com uma vizinha e seu filhinho recém nascido; imediatamente apareceram umas senhoras a lhes acenar: - “Ei! Ei! Tchau! Tchau! Mas, por quê? Por que damos tchau para o bebê?

José Correia Paz

domingo, 6 de outubro de 2019

POESIA PARA CONTEMPLAR


A ROSA DE HIROXIMA

Vinicius de Morais

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.