quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

DIGA NÃO AO SALVADOR DA PÁTRIA


A experiência me ensinou que não se deve nunca acreditar em salvadores da pátria. Nada de inteligente, nada de equilibrado pode se esperar desse tipo de gente. Eles nunca entendem o momento em que se encontram em se tratando de realidade. Estão sempre a serviço de algum grupo ou alguma ideologia ultrapassada. Pregam o radicalismo como solução de tudo; e junto com o radicalismo, a intolerância. Querendo destruir a democracia e a liberdade de expressão.
São corruptos. Apelam para todo o tipo de baixeza para se manter no poder. Ate mesmo quebrar o próprio país e dividi-lo com um discurso moralista e hipócrita cheio de demagogia e um falso amor por seu povo. São histriônicos e provincianos. E aqueles que pensam que o mundo se resolve com gestos arrogantes, acabam caindo em seu discurso simplista.
Aqui no Brasil, nos últimos trinta anos, tivemos dois salvadores da pátria. Ambos levaram o país a crises políticas e econômicas, e em dois casos o povo que os elegeu foi quem pagou um preço alto. Diante da incompetência e da inaptidão desses politiqueiros piniqueiros e seu autoritarismo. Pois eles apelam sempre pro autoritarismo; pois é mais fácil para eles cativar o coração de quem não tem informação.
O populista é o tipo de inseto mais desprezível da face da terra. E a experiência me ensinou ao longo dos anos que nada de bom se pode esperar dele. Eles nenhum projeto de infra-estrutura, nenhum projeto para economia do pais, eles na verdade: não estão ligando nem para aqueles que votaram neles. Suas únicas preocupações são: sua vaidade pessoal, sua arrogância e sua ideologia ultrapassada.
Nesse ano de 2018, são anos de eleição aqui no Brasil; é preciso dar um não a esse tipo arcaico de político que nunca nos serviu e nunca nos servira. Não é possível que depois de passarmos por duas experiências desagradáveis! Vamos cair de novo nas garras de gente assim. Gente amarga e vingativa, que não serve para nada. E que não sabem de nada também. Se continuarmos elegendo gente assim ficaremos sempre reféns de uma guerra de extremos. Diga não ao salvador da pátria! Diga não ao populista! Viva a democracia e a liberdade de expressão!

José Correia Paz     

domingo, 7 de janeiro de 2018

POESIA PARA CONTEMPLAR


CÁRCERE DAS ALMAS

Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando nas trevas, entre as grades
Do calabouço olhando imensidades, 
Mares, estrelas, tardes, natureza.

Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e, sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo o Espaço da Pureza.

Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço, atroz, funéreo!

Nesses silêncios solitários, graves,
que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!

Cruz e Souza

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

2018 E O SÉCULO XXI FAZ 18 ANOS


E então, completa o século XXI sua maior idade. 18 anos! Chegamos enfim a 2018. Será que chegamos mesmo à maior idade? Será que amadurecemos? Esse ano de 2018 traz para nós um grande desafio. Principalmente para nós os brasileiros. Pois desde que nos consolidamos como um país democrático, nunca tinha sentido tão ameaçada a nossa democracia. Nunca pensei que iríamos correr esse risco tão assustador diante do desafio que nos traz esse ano de 2018. Quem diria? Que o mundo daria esse passo para trás e nós nos víssemos de novo: cercados de pensamentos autoritário, político autoritários. Como fomos ingênuos e pensar que estávamos livres disso. Quando volto aos meus tempos de garoto, me lembro o quanto nos sentíamos distantes dos anos 2000. E não havia como pensar nele, sem pensarmos nas modernidades que iria trazer: o avanço tecnológico, o avanço da medicina e o avanço da ciência. Que de fato houve. Houve, mas parece não se fez perceber aos olhos de muita gente. Principalmente aquelas cuja educação não alcançou e não os fez entender o que é, e qual a importância da democracia para nossas vidas. Talvez, pecamos por pensar que o feto de ser o século XXI algo tão distante e ainda inatingível, pensamos nele como um século resoluto. Que iríamos chegar enfim nele com um século definido,
Claro, tínhamos nossos momentos de duvidas. Pensávamos ate, se nós, a humanidade conseguiria chegar a ele. Eram tempos difíceis! E com muitas crises sociais e políticas a se superar. Passamos por governos autoritários, lideres e presidentes complicados de se conviver. Enfrentamos e vencemos posturas e ideais que quase transformaram o mundo num lugar hermético e sem vida. E quando passávamos que nunca iríamos superar tanto autoritarismo, enfim vimos cair os muros, vimos os ultrapassados pensamentos que nos dividiam em nome de suas ideologias cheias de ódio e rancor, sumir de cena. E então, seguimos livres e tranqüilos em direção ao nosso futuro.
Liberdade para escolher, de reclamar nossos direitos. Liberdade para nos comunicar e conhecer outras culturas e nos entender como pessoas adultas e maduras. Pois enfim, chegamos à maior idade; e com ela outros desafios, um, por exemplo, do qual acho o nosso mais importante: combater os fantasmas que ate então achava superado. Afinal, chegamos à maior idade. Chegamos ao século XXI. Chegamos a 2018. Um ano, que tudo indica será o mais decisivo de nossa historia. Principalmente para nós os brasileiros. Será que aprendemos com o passado? Pelo que escuto nas ruas acho que não. E é isso que me assusta. Gente que ama gente autoritária achando nesses lideres lunáticos o salvadores da pátria. É preciso varrer esse tipo líder e sua postura extremada para longe da política.
Não será nenhum extremista, seja de que lado for que ira nos garantir crescimento econômico, liberdade de expressão, direitos e cidadania. E será esse em 2018 o nosso maior desafio convencer a algumas pessoas do quanto à democracia é importante e de que tudo que se conquistou nos últimos trinta anos; foi graças ao nosso direito de escolha. O respeito ao próximo e suas diferenças só é possível na democracia. Sem ela, mergulharemos nu mundo de intolerância e arrogância que nada contribui para nosso desenvolvimento. 2018 será um ano que vai aos por a prova. Se realmente amadurecemos ou nada aprendemos com o passado. Que se realmente prestamos atenção no caminho que trilhamos ate aqui; e a importância dos direitos e valores que conquistamos. Espero que tenhamos amadurecido em alguma coisa; para que depois não viermos ver já tarde de mais a importância de nossa liberdade. Viva a liberdade de expressão! Viva os direitos universais da humanidade! Viva a democracia! Feliz 2018!     

José Correia Paz