quarta-feira, 25 de junho de 2014

CINEMA ATEMPORAL

TEMPOS MODERNOS





Lançado em fevereiro de 1936, Tempos Modernos, encantou e segue encantando gerações.
Eu posso dizer: que tive contato com este filme em diferentes momentos de minha historia.
A primeira: quando bem criança; e me diverti
 apenas com as pantomimas de seu personagem principal, claro, sem entender nada da historia.
Em seguida: algumas vezes na adolescência e juventude;
quando eu não passava de um rebelde radical metido;
e entendia apenas do filme, uma mensagem politica.
Arroubos da juventude.
Recentemente: tive nova oportunidade de ver novamente o filme enquanto cursava um curso de almoxarifado.
E pude observar do filme: muito mais que pantomimas
e mensagens politicas; alias: no filme há uma mensagem  politica, há humor, e humor  é uma das maneiras de fazer politica. Digo ate de uma maneira mais honesta.

A historia se passa no inicio do seculo XX;
satiriza os meios de produção da época.
O crescimento da industria,
e chama  a atenção para os desafios e problemas
que a sociedade,  ate então, dita moderna  na época,
tem de enfrentar.
O seu personagem principal: tem dificuldade de se adaptar à esta nova sociedade; cada vez mais  mecanizada e veloz; colocando de lado , na maioria das vezes sem perceber,  seus sentimentos.
Hoje, podemos dizer, não é muito diferente.
A velocidade, a automatização, cada vez mais fazendo parte da de nossas vidas. E lhe dar com essas transformações e com esses avanços... continua sendo um desafio para muita gente. Eu mesmo que o diga. Eu,
Que sempre fui uma especie de Dom quixote nesta vida;
pois é isso, vejam só vocês, que acabei de descobrir enquanto lhe escrevia este texto; o personagem do filme representa um Dom Quixote moderno. 
Eis o motivo de seu atemporal encanto. Eis o que o mantem atual ate nos dias de hoje.
Pois, por mais que a sociedade se modernize: não vão faltar nesta vida Dom Quixotes.

Pesquisando ainda sobre o filme na internet:
descobri que ele foi lançado num dia 5 de fevereiro.
Data de meu aniversario por sinal.
Mas um motivo então, para eu homenagear este grande filme. Fica aqui mais uma dica de cinema do atemporal:
para você que já viu; para você que ainda não viu;
assista tempos modernos.

José Correia Paz













quinta-feira, 5 de junho de 2014

MINHAS PALAVRAS ( A VOLTA DAS TREVAS )

A VOLTA DAS TREVAS


Voltamos a idade media, ou sera a humanidade é que não evoluiu em nada?
Tenho 42 anos; e entre o final dos anos 70 e os primeiros anos  da década de 80:
vi o mundo passar por mudanças significantes  em sua historia.
Não que hoje, não tenha importância o nosso momento atual!
Afinal: aprendemos com nossa historia; para que possamos nos desenvolver;
pois segundo sei: esse é  ou é, pra ser nosso destino.
A diferença, esta em nossa atitude. Pois lembro-me de quando criança e adolescente;
assistir a aberturas politicas; o fim dos regimes autoritários;  queda de muros que impediam
o mundo  não só de respirar como também de se descobrir
por causa de suas barreiras ideológicas.
Que bem fez ao mundo essas aberturas e mudanças! enfim pudemos buscar melhorias 
no campo de nossas relações sociais. E a economia em países emergentes como o brasil por exemplo:
conseguiu grandes melhoras. Como isso tudo me entusiasmava; pois criava dentro de mim grandes expectativas em relação ao meu futuro e o futuro das pessoas  ao meu redor.
Ilusão, ilusão, tudo ilusão.  Hoje vejo aquele garoto de meu passado à me dizer: - mentiram para o senhor.
Infelizmente, percebo que alguns não acompanharam tais transformações.
Uns talvez por houver chegado agora; outros mais velhos por não ter intendido, ou não aceitar
que o nosso destino seja  avançar para frente. Em busca de nossa melhora.
Vejam: não peço o fim do combate, não,  sei que o com frito é inerente à tudo isso;
e que precisamos dele como uma especie de combustível  em nossa jornada.
Falo da falta  de sensatez e direcionamento. Que vem tomando conta de nossas almas
talvez nos últimos 20 anos. Nunca pensei que o mundo fosse ficar tão insuportável;
que eu fosse ver pessoas sendo linchadas e mortas como bruxas, ou por causa de algo que
deveria ser um lazer: o futebol. Nunca pensei que ainda existia dentro de nós tanto fanatismo; tanto maniqueísmo;
tanta intolerância; e que o cinismos e a indolência fossem nos tornar seus súditos.

E o que me deixa mais triste: é perceber que este tem se tornado, um caminho sem volta para nós.
Não sabemos nem mais protestar. Não é verdade.
Pois vejo nas manifestações de hoje em dia:
uma certa mistura de saudosismo com alucinação.
Mistura perigosa por sinal. Digo isso por experiencia própria.
Alucinados por querer viver um momento parecido com
o de 50 anos atras; juntam-se aos saudosistas que parecem pedir pela volta desse tempo.  E da no que da: um absurdo!
O que pensam essas pessoas? Reviver aquelas imagens em preto e branco dos confrontos dos militantes contra a repressão
ao som das musicas de Geraldo Vandre,  Caetano e Raul seixas?
Não caro leitor! já passou... e que não se repita mais.
E hoje, caso não saibam ou não percebam: esse nosso tempo
é bem diferente culturalmente.
E aproveitemos hoje esses grandes artistas e suas canções:
atuais sobre esse nosso tempo; ou mesmo as antigas feitas na tempestade. Elas ainda tem muito a nos dizer e nos contar
e ensinar sobre nossa historia neste planeta.
E de pois: já temos a ditadura do politicamente correto para nos acorrentar por hoje. Não é verdade.

Sei que o mundo já passou por momentos obscuros em sua historia... e não seria diferente agora, nem sera diferente no futuro. O que me incomoda é essa postura convencida e austera de quem acha que vai salvar o mundo.
Enquanto não procura saber da historia de seus erros;
para que possamos com fritar com um pouco mais de inteligencia e coerência.

José Correia Paz


domingo, 1 de junho de 2014

POEMA

MARCO ZERO



Sob esse céu  azul. azul que nos liberta.
Vejo os sonhos que por mares navegam;
em terra se contemplam.
As pressas, ou lentamente.

Penso nos poetas que por ti passaram.
Contemplando este mesmo céu;
esta mesma vida, que mal rompe a manhã
por ti trafega em busca de seus sonhos.

Sonhos que se renovam em seu espaço;
espaço aberto a imaginação;
a aventura do viver!

Eu, assim como a maioria,
percorro por teus recantos marco zero:
a arte de recomeçar.

José Correia Paz