CRONICAS ATEMPORAIS

TEMPOS ARISCOS, ESTRANHOS, DESIGUAIS 

Diga-me quais as palavras que gostas de ouvir?As que te fazem feliz?Então eu te farei um poema novo.
Por enquanto, as que eu consegui: são só pedaços de você. Catadas e escritas à frio e fogo! ( num inverno ) com muita dedicação e persistência...
Não palavras cruzadas; escritas sem destino; ou por mero passa-tempo; mas, sim palavras: vividas à todo momento. Não tentes imaginar; não tentes entender; este é só um poema: iguais aos tantos que tentei te escrever...
Nem venhas me confundir!hoje em dia, sei, é sempre assim:tempos ariscos, estranhos, desiguais...palavrões ajudam a vender os jornais mais sensacionalistas...nesta sociedade: cada vez mais extremista!
Jogos corrompidos,canções sem nenhum estilo,e uma leva de autoridades e personalidades,que não creem nem em si mesmos:Testam! esgotam! nossa boa fé e paciência...numa total falta de franqueza. Sei, é sempre assim...
Mas, também sei...que apesar de tudo isso...não devemos nos render! ou nos amaldiçoar...à cultivar tais mesquinharias.
Façamos hoje, nossas escolhas.Deixemos que o mundo se exploda sozinho com seu moralismo cheio de arrogância!e vamos seguir nosso caminho. Saiba que: oque me importa e ter você Sempre perto de mim.
Quero escrever alguma coisa que nos torne eternos...nos torne indestrutíveis..e nada mais.

José Correia Paz

OUÇA O DISCO

'HÁ DEZ MIL ANOS ATRAS

Acho que já contei essa historia em alguma outra
postagem. Recebi das mãos de um amigo;
o disco do Raul seixas, ( HÁ DEZ MIL ANOS ATRAS ). Na capa do disco: Raul estava vestido de deus cromos, o deus do tempo, num visual que
eu imaginara quando tinha quatro anos; por achar
que o que ele dizia na musica titulo do disco era verdade. O mais surpreendente  nesse dia quando tive acesso ao disco pela primeira vez na integra: foi quando ouvi sua primeira faixa: " Canto para minha morte " .Para um disco que chama HÁ DEZ MIL ANOS ATRAS. Me espantei.  Com tudo:
a canção é um  verdadeiro poema e faz você refletir sobre sua postura diante da vida.
Alem de " Canto para minha morte , o disco conta com canções como: " meu amigo pedro", " quando você crescer", " dia da saudade ", " também vou reclamar ", e uma das minhas canções prediletas escrita por ele: " As minas do Rei salomão ". O disco conta também com a participação  de na época, estreante. jay vaquer
que participa das canções: "Quando você crescer ", e " dia da saudade " .
Marca o afastamento da dupla: Raul seixas e paulo colho; hoje escritor mundialmente conhecido;
só se re encontrando no disco " MATA VIRGEM ".  HÁ DEZ MIL ANOS ATRAS é um disco
cujo os arranjos são de uma sutileza incrível. Canções que vão do Rock mais basico; a misto de tangos com rock e baladas empolgantes; um pouco de melancolia para balancear em canções como " O homem " .Um disco vale apena ter pra ouvir; curti; e refleti. ouça o disco.

José Correia Paz

POEMA

PARA SE LER  À DOIS

E o que lhes direi...sobre o amor?

hoje, não sei.

Vá correndo..tirar suas próprias conclusões..

e então você mesmo descobrir.

Dessas horas  de plena contemplação!

e tudo do que ha de mais doce, 

zefiro, e feliz!

Nesses momentos, onde,

oque só existe:

são apenas almas e corações

em um lugar encantado,

pela magia da sedução.

Que inventamos para que possamos

de nossos pesadelos fugir.

E o que mais lhe direi... sobre o amor?

hoje, não sei.

Veja agora! logo, logo, vai nascer o sol...

e as ruas irão se despir...

correndo para o mar,todos vão

em busca de sua satisfação!

E mergulhar nesse elixir;

renovar suas forças;

para só assim: a existir.

E o que mais lhe direi....sobre o amor?

hjé, confesso não sei.

quantos já ensaiaram suas opiniões

sobre esse carrossel de emoções

que explode sobre os jardins

com suas variadas formas de ilusões

dando asas aos nossos sonhos...

para que possamos assim prosseguir!

E o que lhes direi....sobre o amor?

hoje, não sei.

Horácio polemico

CRÔNICAS ATEMPORAIS

CIDADE SEM SOL                 25/10/2003

Repetindo os mesmos versos...

Todos os dias,

todos os dias,

todos os dias...

Mas, como anda mal acustumado,

Esse nosso caminho!

Andando sempre em ciculos.

Apressado.

Por entre esquinas em ruinas

um coração vazio.

Abandonado em tempos  cada vez mais escassos...

numa cidade sem sol e cinza!

Quanta solitude! e tão pouca sorte!

Sabe: só me preoculpa é o que sera de nós?

Nós que tiamos tantos desejos e planos...

Etanta imaginação...

O que sera de nós?

Quem sabe?

Esquecidos, despresados,

desesperados, incompreendidos.

Sem nenhuma oportunidade,

vivendo numa cidade avessa a poesia.

E sem podermos contemplar mais nada...

o que sera da poesia?

E de toda essa nossa aventura o que sera?

Sem paixão... 

vivendo para sempre em vão.

Repetindo os mesmos versos...

dia após dia.

Sempre-sempre os mesmos dias.

Repetindo os mesmos versos 

para uma cidade surda...insessivel!

Amante da absurdidade e da histeria!

cinica absurdidade: que finge!

com ela se preoculpar;

quando no entanto:

não esta nem ai para suas vidas.

E empobrece suas rotinas;

rescrudescendo seus medos e maselas;

para assim tirar proveito.

Não: não era bem isso que pranejava 

para minha poesia,

José Correia Paz

CINEMA ATEMPORAL

BILLY ELLIOT

O enrredo se passa na irlanda dos anos 70;

Tempos de muito conflito para os trabalhadores;

crise econômica, fortalecimento dos sindicatos,

A juventude: num clima de muita revolta

e transformações politicas: em busca de  sua identidade.

E nesse contesto: encontramos o garoto Billy;

recém entrando na adolescência e descobrindo

sua verdadeira vocação: o bale.

Isso tendo de aprender boxer para satisfazer

um desejo pessoal de seu pai.

Dividido,entre sua família, e sua vocação;

Elliot: encontra o apoio de sua professora de balle

e de seu melhor amigo; que também passa por

uma faze de descobertas e conflitos.

Mas, o que ajuda o billy a superar e a passar

por sobre tudo isso; é justamente seu posicionamento ético. Ele tenta entender a homossexualidade de seu amigo; enfrenta a decepção de seu pai

por não ter um filho boxeador;

e suporta assim os preconceitos que sobre ele 

caem, por causa de seu encantamento com a dança.

Bem recentemente: assisti à este filme

em um curso de informatica;

foi uma das maneiras que a professora de ética

usou para começar um debate sobre preconceito

e liberdade de escolha.

Gostei do filme e quero recomenda-lo

como dica de cinema do blog ATEMPORALETC.COM.

Bom filme à todos!

POEMA

SONETO VINDO DIRETO DA FONTE

Quantos poemas!

nos rendem...os amantes.

E quão legal é de se ver!

e de se contar, são seus esforços

Nas noites de lua cheia.

Nos parques, ou nos calçadões das praias:

sonhos e suspiros...

à preencherem o ar...

Com promessas renovantes

inspirados encantos...

em forma de delirio rasgantes!

Coleções de fervorosas canções

que tentam em seu simples gesto

ao mundo passificar...

Roldofo Piegas

PRA QUEM QUEIRA FAZER MUSICA

PRA VOCÊ, JURO! SEM QUERER!

Sinto muito, mas,

essa poesia não é pra você.

Nem essa, nem a proxima, nem a proxima, nem a proxima.

Essa eu dedico àquela outra garota;

ela sim, me amou de verdade.

Portanto baby: 

pode ir parando o rebolado.

Porque eu não vou perder o meu tempo:

ideusando teu corpo;

imortalisando teu cheiro;

ou comparando teus olhos com algum brilhante;

ou dizendo estupidamente:

o quanto te amo...

Não, essa poesia, não vou dedicar a você.

Aliais: vou tirar a palavra ( você ) desta poesia.

Quero que que fique bem claro:

se por acaso aqui eu te lembrei:

foi sem querer.

Horacio Polemico

POEMA

VERSOATILIDADE      17/07/2oo1

Combina.

Não, não combina?

Então: tenta-se novamente.

Na verdade, mistura-se:

imaginação; inspiração;

delírio... e êxtase..

serenidade e contemplação.

Um simples olhar sobre a cidade,

e toda paisagem e personagens...

com toda a vida ao redor,

decantar uma canção.

Verso! universo...

( nele ) cabe tudo...

ou quase tudo...

Sobre um mundo;

ou o mundo.

Sobre uma ideia;

uma historia;

uma paixão!

Sobre o dia

e toda a sua oscilante aventura...

de dor; contemplação;

de ausência; espera; presença;

tudo! em sua torta perfeição!

José Correia Paz

HISTORIAS QUE INVENTO, HISTORIAS QUE ME ACONTECEM

OLHOS NOTURNOS

Veloz! um auto corta a madrugada e as  ruas de um bairro nobre de Recife;

Dentro dele um casal; cheios de frenesi e álcool,

-frequento a noite há tanto tempo... é a  primeira vez que te  vejo por estas bandas;

-tudo tem sua primeira vez, alias, diz ela, não sou daqui . Estou só passando  uma temporada...

-De onde você é?

-Sou do interior;

-Interior...! de que cidade? pergunta ele mostrando empolgação, apenas para manter

a pequena presa em sua lábia. Enquanto ela atenta ao volante lhe respondia, quando:

-Sou do interior da...chegamos! ali esta minha humilde casa.

Aciona o controle remoto; os portões se abrem; o carro entra nos domínios;

os portões se fecham atrás dos dois.

Ela o beija no rosto e diz:

-Vem conhecer minha casa e... me conhecer melhor também!

saem do carro; vão para porta; 

enquanto ela  abre a porta ele a abraça, entusiasmado quase a  atrapalha;

-gracinha...hum...!

-poupe seu folego... vamos precisar muito dele lá dentro....

ela abre a porta; - entra, ela diz: -não repare na desordem.

-"Então: minha putinha é uma rainha". penca consigo enquanto admira a casa.

Embora situada em bairro nobre; e por fora fosse uma bela mansão;

sua sala de estar era modesta. Ao centro um aconchegante  jogo de estofado,

à sua direita um bar, com uma vasta oferta em bebidas.

Pelas paredes e pelos cantos: algumas obras de artes e esculturas impressionavam

e mostravam um pouco da dona da casa.

"Uma putinha culta então!...é tudo imitação suponho!". pensou consigo mais uma vez.

Apos contemplar o ambiente ...volta-se para ela....que olha docemente e se aproxima.

De doce; o olhar fica voraz; se beijam; se olham mais uma vez;

A  respiração ofegante e lasciva fala por suas almas...

-Vou buscar uma bebida. Diz ela e caminha para o bar....sem tirar seus olhos dos dele.

-Você gosta de vinho? pergunta ela.

-Bom desde que você venha junto...pra mim tudo serve.

Ela se aproxima novamente  trazendo duas tarsas; e lhe oferece uma;

-pois eu adoro vinho! diz ela, e complementa:

-principalmente vinho tinto! sorri discretamente.

Se olham outra vez...ele toma o vinho sem tirar seus olhos dos dele...

ela diz:-acho que não vou mais precisar desse vestido;

-Não vai mesmo. Ele afirma.

Ela o empurra em direção ao sofá e se atira em cima dele...

diz:-fica mais a vontade ...tira essa camisa...

ele a beija; a acaricia; dominado de desejo...

enquanto ela lhe diz:-Agora você é meu!

E de repente, numa estranha criatura se transforma, e lhe morde o pescoço!

Os gritos de horror do homem; ninguém  ouviu...

nem mesmo a pessoa que do outro lado de sua janela filmava à tudo.

E agora quedava assustado; surpreso em um inacreditável espanto...!

José Correia Paz 

POEMA

1. ROCK IN ROLL

Sobre tortos caminhos...rolam as pedras...

Titãs sobrevoam  as cabeças pensantes

em seu  zepelim de chumbo;

contemplam: o culto; 

tudo ao mesmo tempo agora...

Entre armas e rosas: quais escolhereis?

Entre a cura e o carnaval do barão,

qual a sua sedução?

Você é uma experiencia?

Batalhões de estranhos, são eles:

Besouros, t rex,  fazem aliança com malucos belezas

e príncipes das trevas.

E de suas ondas sonoras libertam os animais:

pássaros cosmicos , sabeis tigres de bengalas,

leões astutos e predadores desafiando a selva de pedra.

Ninguém encontrou o nirvana.

Nem um de nós tentou.

Uns e outros chegaram perto.

Agora, abrem-se as portas...

Do outro lado o Rei lagarto anuncia: 

Acordem! a celebração vai começar...

José correia Paz

MINHAS PALAVRAS

SENHORAS E SENHORES O ROCK IN ROLL

Quem é fã de rock como eu; e coleciona e pesquisa tanto na internet, ou como eu costumava fazer outrora, através de pro gamas de TV e radio ou na mídia impressa, tudo oque era possível

encontrar a respeito do gênero. Sabe como tudo começou.

Aquela velha e boa historia: Bill halley, Chuck berry, Elvis Presley,

e por ai vai. Pois para mim tudo começou ha quarenta anos atras.

Quando me chamaram à sala para ver um show do Elvis pela TV;

Lembro-me de minha tia Jacira dizendo:"Vem ver aqui zé! é Elvis!".

E foi este um dos seus últimos shows. Um dos dois shows  que pude assistir pela TV. Depois: vieram os filmes, os clipes, programas sobre musica que abordavam volte e meia esse famigerado gênero musical. Pois eram os anos 70; lembro-me muito bem:

O céu sempre nublado, o tom de cinza caindo sobre as tardes;

De um lado os donos do mundo, com seus muros e abismos ditando regras e separando pessoas. Do outro lado, os meus prediletos:

Os Cowboys fora das leis; com sua poesia e canções nos trazendo alento e humor; lembro- me muito bem.

Ainda não havia para mim Rita lee nem Raul seixas; embora já escultava algumas musicas deles no radio sem saber seus nomes.

E vieram então os anos 80; tempo de abertura politica, a democracia finalmente conseguindo virar mais uma luta difícil e heroica; 

O rock in roll: assim como as pessoas nas ruas ganha força de expressão e passava a marca para sempre a vida de quem como eu viu e viveu os irreverentes, os ousados e criativos anos 80.

Eram bandas espetaculares! tanto nacionais quanto internacionais;

Camisa de vénus, dire streets, foi kid viniu e sua banda: magazine

minha primeira banda de coração; com canções omo sou boy, tique-tique nervoso, e o adivinhão. posso dizer: marcaram o ritmo de minhas primeiras descobertas; embora já ouvia Raul seixas, jovem guarda  e tantos outros que ate hoje seguem atuais e revolucionários

com seu modo de ser e ver o mundo. Pois sim: posso também dizer:

que tive a sorte viver uma época que apesar dos entraves,  havia artistas  que com sua criatividade traduzia o mundo.

E o mundo: essa pedra a rolar solta no espaço...  nunca satisfeita...

sempre questionadora em busca de  novas metamorfoses.

senhora e senhores: com vocês: o Rock in Roll!

José correia paz

  

FRASE DO MÊS

" MEU BEM ME EMBOLA COM UM RI TIMO CORTANTE "

( ALAM FRED )