sexta-feira, 25 de outubro de 2019

O CÃO E O MENDIGO


Certa vez, enquanto passeava pelo Recife Antigo. Vinha eu pelo Espaço Alfandega, em uma manhã de domingo, quando percebi um mendigo dormindo na calçada; ao seu lado; seu cão. Um cachorro preto, peludo, um bonito vira-lata;
passei por ele, o admirando.
Admirando sua lealdade; para com o seu dono sem teto. E quando já ia um pouco distante, filosofando fiado comigo mesmo:
- “o melhor amigo do homem”; ia dizendo.
Quando senti o cão do mendigo me atacar... Não chegou a me morder.
Embora sentisse seus dentes bem próximos de minha calça jeans. Foi um tremendo susto. Gritei com ele ate o afastar; e fui andando ouvindo seus latidos e rosnados ecoando pela rua.
O seu dono, nem acordou. Se eu fiquei com raiva do vira-lata? Não.
Já tive cachorro. Um pequinês; Chamava-se Elvis.
e tenho certeza que ele faria o mesmo.
Defenderia o sono de seu dono.
A única coisa que fiz, e não sei se foi certo, foi passar álcool gel no local aonde senti os dentes do cão. E passei o dia, me policiando, procurando algum sintoma qualquer; medo de virar “lobisomem” eu acho.
Mas, ao ver a foto, me lembrei desse fato; e fui pesquisar na internet a respeito cachorros de rua.
Descobri que existe no Recife, mais de 1oo mil de cães e gatos abandonados.
30 milhões de animais abandonados.
E que a maioria desses abandonos acontece por que: algumas famílias, ao viajar, deixam os seus animais de estimação sozinhos em casa.
E ao se verem abandonados; grande maioria foge...

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