quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

NA GALERIA DO ATEMPORAL

GRANDE OTELO
Sebastião Bernardes Souza Prata; nasceu em Uberlândia (MG), em 1915. GRANDE OTELO: foi o seu nome artístico, e pelo qual ficou conhecido internacionalmente. Ele iniciou sua carreira aos 8 anos de idade ao participar da companhia de comedia e variedades “Sarah Bernhadt”, e na década de 1920fez grande sucesso como estrela infantil na  companhia negra de revistas, regida por “Pixinguinha. Chegando a ser comparado a “Mozart” pelos críticos da época.  Pois seu talento era surpreendente. Grande Otelo: já nessa época, sabia cantar árias de operas, declamar poesia em diferentes línguas. Ate hoje segundo a clítica, dentro do cenário artístico nacional atual não é possível se apontar alguém a quem possa chamar de seu sucessor.
Sua estréia foi em 1935 no filme “NOITES CARIOCAS” dirigido por “Enrique Cadicamo”,  cineasta Argentino. O filme foi produzido pela produtora “cinédia”. Já em 1942; com uma carreira sempre em ascensão; foi convidado a participar do longa inacabado: “É TUDO VERDADE”. O cineasta norte americano “Orson Welles”, disse que considerava Grande Otelo: “o melhor ator da America do sul”.
Na década de 1950; chega a filmar ao lado de “oscarito” clássicos que ficaram para sempre na historia do cinema nacional. São as épocas das famosas chanchadas. Destaque para filmes como: “carnaval Atlântida” (1952), “matar ou correr” (1954) e “carnaval no fogo” (1949). Alias: é neste filme que podemos encontrar aquela famosa cena de Romeu e Julieta, em que Otelo, como Julieta, e Oscarito, como Romeu, discutem se o canto do pássaro é de um rouxinol ou uma cotovia.
Trabalhou ainda com Nelson pereira dos Santos nos filmes “moleque Tião” (1943) e “Rio zona norte” (1957). E ainda no premiadíssimo filme “Macunaíma” (1969), dirigido por Joaquim Pedro de Andrade. Onde ele no papel principal, o personagem criado por Mario de Andrade; pode não só nos premiar com sua interpretação; mas também: ser bastante premiado por ela. Dando vida a este clássico da literatura brasileira.
Na TV fez também grandes participações. Mas, a mais marcante de todas foi na “escolinha do professor Raimundo”. Grande Otelo partiu nos deixando uma obra muito rica e importante para nossa historia cultural. Nada mal para um garoto mineiro pobre, que alem de sua infância difícil, teve quando adulto já uma carreira estabelecida, uma vida difícil também. Mas soube superar seus obstáculos através de seu talento. 

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