quinta-feira, 7 de julho de 2016

A ARTE DA LITERATURA DE CORDEL

Rimas e versos, e folhetos ilustrados por xilogravuras. Narrando lendas, provérbios, e historias que atravessam gerações. Assim é a literatura de cordel; uma das manifestações literárias importantíssima para a formação da base da cultura popular brasileira.
A origem do nome: CORDEL vem da forma como os folhetos são comercializados; pendurados em cordões pelas feiras e mercados e pontos que lidam com cultura e informação pelas cidades e subúrbios.
A origem da literatura de cordel no Brasil começa na época dos colonizadores portugueses no século XIII; pois em Portugal: já era o cordel uma pratica comum nos mercados populares. Chamado de literatura de cego, por causa de uma lei proclamada por DOM  JOÃO V; que permitiu  a uma irmandade de  homens cegos de Lisboa  negociar  suas publicações. Já na narrativa oral, tem origem nos cordelistas  que recitavam suas poesias  para atrair o publico e comercializar seus folhetos nas feiras e praças das grandes cidades.
No Brasil: é o poeta Leandro Gomes Melo (1865 – 1918) considerado o primeiro escritor de literatura de cordel brasileiro. Patrono da cadeira de numero um da academia brasileira de literatura de cordel. Graças ao grande numero de folhetos por ele publicado tornou-se Leandro um dos maiores poetas brasileiros.
Há um grande numero de nomes de nossa literatura, que foram fortemente influenciados pela literatura de cordel; nomes como: Guimarães Rosa, José Lins do Rego, João Cabral de Melo Neto, o próprio Carlos Drummond de Andrade por exemplo, declarou certa vez que para ele era o poeta Leandro Gomes de Melo o rei da poesia nordestina e brasileira.
Temas religiosos e lendas. temas tirados do cotidiano do povo, ou de personagens históricos, quer vão desde figuras do cangaceiros famosos a nomes de políticos de todas as épocas; assim é formado o imaginário mundo do cordel.
No Recife: um dos grandes pontos aonde mais se encontra forma de literatura, fica no mercado de são José; um dos espaços tradicionais na venda dos folhetos sempre cheios de poesia e xilogravura.


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