CACHORRO DE MENDIGO

Recebi recentemente, pelo Facebook esta foto.

E me lembrei de um fato  que me ocorreu...

enquanto passeava pelo Recife Antigo.

Vinha eu pelo Espaço Alfandega, em uma manhã de domingo, quando percebi um mendigo dormindo na calçada; ao seu lado; seu cão;

um cachorro preto, peludo, um bonito vira-lata;

passei por ele, o admirando.

admirando  sua lealdade; para com o seu dono sem teto. E quando já ia um pouco distante,

filosofando fiado com migo mesmo: 

- " o melhor amigo do homem "; ia dizendo.

Quando senti o cão do mendigo me atacar...

Não chegou a me morder. 

Embora senti seus dentes bem próximos de minha calça jeans; foi um tremendo susto.

Gritei com ele ate o afastar; e fui andando

ouvindo seus latidos e rosnados écuando pela rua.

O seu dono, nem acordou.

Se fiquei com raiva do vira-latas? Não.

Já tive cachorro. Um pequinês;

chamava-se Elvis;

e tenho certeza que ele faria o mesmo.

Defenderia o sono de seu dono.

A unica coisa que fiz, que não sei se foi certo,

foi passar álcool gel no local aonde senti 

os dentes do cão.

E passei o dia, me policiando,

procurando algum citoma qualquer;

medo de virar " lobisomem " eu acho.

Mas, ao ver a foto, me lembrei desse fato;

e fui pesquisar na internet a respeito

cachorros de rua.

Descobri, que existe no Recife, mais de 1oo mil

de cães e gatos abandonados.

30 milhões de animais abandonados.

E que a maioria desses abandonos acontece

porque: algumas famílias, ao viajar, deixam 

os seus animais de estimação sozinhos em casa.

E ao se verem abandonados; grande maioria foge... 

ficando assim: expostos aos mau tratos e perigos das ruas.

Apesar do esforço das entidades que devotam seu trabalho na conscientização popular a respeito de  cuidados com animais; os resultados apresentados tem sido muito pouco.

É preciso que as pessoas entendam que o animal também possui sentimentos; e que é uma vida a ser tratada com respeito. Ou sera preciso que ele venha lhe morder  para ele perceber isso?

Cuide bem de seu animal de estimação!  seja ele: pássaro, tartaruga, gato, ou cachorro, para que de pois ele não venha morder a perna de um pobre transeunte pobre. 

José Correia Paz