sexta-feira, 14 de abril de 2017

CARLOA DRUMMOND DE ANDRADE


Meu nome é José. E por ser José, lembro-me de quando criança, ouvir sempre o mesmo refrão:

- principalmente na voz de minha avó, dona Severina (D. biu ), de quem  guardo maior lembrança cantarolando: - E agora José?. A musica era então, um poema de Carlos Drummond de Andrade; musicado por Paulo Diniz.

 E eu passei a achar na época, que cada pessoa tinha sua própria musica. Assim como eu me chamava José; minha avó que se chamava Severina tinha também sua musica; e por ai em diante... Infância, coisas de infância... E foi assim que tive contato pela primeira vez com a poesia de Carlos Drummond de Andrade.

Este mineiro; nascido em Itabira; no inicio do século XX; participou do movimento modernista; movimento que surgiu no intuito de romper com os padrões convencionais de excreção nas artes. Ate então entre o final do século XIX e as duas primeiras décadas do século XIX, consideradas tradicionais e inquestionáveis.

Mal podia eu adivinhar que mais tarde Drummond viria à se tornar ao lado  de Machado de Assis e Jack Kerouac, um dos meus escritores prediletos. Com sua poesia irônica, observadora do homem e seu tempo; Drummond: ao lado de nomes como Manuel bandeira, e Mario de Andrade: decantou através de seus versos, o lado prosaico da natureza humana.        Confesso que, quando criança, a musica me assustava. - Por que “e agora José?” - eu me perguntava! .

Anos mais tarde no ginásio; cruzei novamente com essa musica, ou o que poderia ser no meu entender então, a letra da musica.

Num livro de comunicação e excreção; como eram chamados os livros de português e literatura na época. Lá estava o poema “José”

acompanhado de outro poema: " poema de sete  faces " . Por sinal poema que abre o primeiro livro

do Drummond: " Alguma poesia " , e também sua mais conhecida antologia poética. Se “José” me assustara quando criança pela força de sua indagação; o " Poema das sete faces " me conquistara pelo seu jeito fragmentado e irônico de interpretar o mundo em geral.

Um pouco mais à frente; terminado meus estudos;

fui encontrar em um sebo de livros, o livro "Antologia poética ". Organizada pelo o próprio autor.E o vendedor também se chamava Carlos.

E pude dai por diante conhecer mais de perto a obra de Carlos Drummond de Andrade.

Poemas como: ““ A morte do leiteiro”; “ A flor e a náusea";  verdadeiras crônicas sociais 

questionando o papel de cada um inclusive o do escritor diante da vida e do mundo.  Abordando temas com: o amor, a fraternidade e a solidão.

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