domingo, 16 de abril de 2017

POR QUE ESCREVER? COMO SURGIU PARA MIM O HABITO DE ESCREVER

Tenho uma letra horrível!
difícil de ler, graças a meu problema de coordenação motora.
Quando criança; recomendaram-me na escola
cadernos de caligrafia; eu nunca gostei, nunca consegui me dar com eles.
Ate que vendo minha resistência a estes cadernos;
uma professora me recomendou: - Faça copias dos livros. Eu só copiava os textos que gostava.
Eram poucos. Poemas de Vinicius de morais,
Crônicas de Drummond, maioria: textos que me atraiam pelo senso de humor.
Quando acabaram os textos dos livros;
Parti para copiar as letras de musicas das revistas de violão, de meu irmão mais velho;
quando adolescente queria ser roqueiro sabe.
Meu irmão me dera às revistas de violão dele quando casou. Por isso Morzat nunca casou eu acho.
Como já não tinha mais o que copiar;
passei a inventar o que escrever.
De inicio tudo que me vinha à mente me empolgava; achava polemico e coisa e tal...
Ah! Entusiasmo... Entusiasmo...
Algumas coisas desse entusiasmo, ainda preservei
e publiquei aqui no blog.
Com vinte anos, tive contato com um pessoal
que  realizava trabalhos com jornais estudantis e comunitários; onde pude desenvolver uma idéia mais critica das coisas e ter contato com livros de grandes autores.
E passei a pensar me tornar um grande escritor também.
Achava, ou melhor, tinha a ilusão de que um escritor, não tinha outra vida senão a de seus livros.
Demorei a perceber que um escritor é na verdade:
nada mais, nada menos, que um super herói.
Isso mesmo São cavaleiros das trevas;  homens araquenidios;  enfrentando e descobrindo o mundo em suas aventuras e desventuras surreais.
E por isso precisa de uma identidade secreta.
Uma profissão; para que ele possa caminhar entre as pessoas comuns; e lhes fazer justiça; combatendo os seus vilões com sua super visão panorâmica.

Sei que estou muito longe dos autores que admiro. Mas, no entanto, escrever: me da prazer.
É por onde consigo enfrentar meu cotidiano;
descobri dentro de mim possibilidades de combater meus próprios vilões:

Minha timidez; minha solidão.

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