segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O INVISIVEL

Você esta só? Esta se sentido só? Se esta, então bem vindo ao grupo! Sabe: algum tempo venho observando sobre essa verde cruel; estamos todos sós, essa é a verdade. Quando foi que essa solidão começou, o que ela ira nos causar futuramente, e por que deixamos que a vida chegasse a esse ponto? Eis ai um bom mapa para que possamos investigar o motivo de tanto vazio.
Sim! Vazio. Mergulhamos no vazio... Vazio que sem percebemos fomos construindo dia após dia. E por entre ruas e esquinas de nossas cidades somos um batalhão de estranhos. Homens e mulheres invisíveis, ora olhando pelas janelas de algum veiculo;ora conectados em alguma tela para que ninguém perceba sua solidão. Será esses tempos modernos, o culpado, ou será que fomos nós que não nos preparamos para eles? E hoje, apesar de tantos meios de comunicação: o outro se tornou invisível. Você se tornou invisível. Eu me sinto invisível.
Vivemos uma época onde tudo virou um jogo de interesse; e onde o resultado tem que vim logo. O mais rápido que ligeiro! Onde ate o tempo tornou-se um senhor solitário no meio da multidão, que acelera pelo espaço... Para assim competir com a indiferença do tempo. E assim se tornar mais indiferente que ele.
A idéia desse texto me surgiu quando certa vez, nesse domingo agora, voltava eu para casa de metrô, e sentado em um dos bancos estava eu; em um banco vizinho dois sujeitos calados; na minha frente dois bancos ocupados por outras pessoas que olhavam para o espaço... pelo menos eram assim que pareciam suas expressões... Se não tivessem dentro de um trem à noite; diria eu que olhavam para o céu. Ate que o telefone do sujeito que tava do meu lado tocou, e ele então me disse, como se eu o conhecesse: - quer vê! Aposto que é fulano?- O tal fulano era o filho dele.

Foi com se ele tivesse encontrado uma saída para não mais se sentir invisível em meio a multidão; que seguiu calada esperando a próxima estação.

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