terça-feira, 25 de agosto de 2015

QUEM É VOCÊ? QUEM? EU? POR QUE?

Quando criança tinha uma saúde muito frágil; por conta disso hoje me chamo José. Era não sei se ainda é, uma supestiçãoo muito comum naquele tempo. Se menino tinha que se chamar José, se menina Maria. Caso fosse de saúde frágil. Pois segundo quem adotava a surpestição: era por que o menino ou a menina será um sofredor. E por isso tem que lhes da um nome que lhes proteja.
Confesso que não gostava da idéia de ser um sofredor. Quem gosta? Não me agradava esse pensamento de que teria pela frente só tropeço. Era um pensamento muito pessimista no meu entender. E durante um bom tempo, ou melhor, cresci não apreciando meu nome.
Na escola quando comecei a freqüentar a educação física, e comecei a participar das peladas, no meu time tinha um sujeito que também se chamava José; e jogávamos na mesma posição: zagueiros. E para não confundir-nos na hora de passar alguma instrução; o responsável pelo time teve a idéia de nos chamar pelo sobre nome. Sendo assim: meu companheiro de zaga passou a se chamar Ricardo; e eu Correia; e mais adiante ele foi para o ataque; e eu para o gol. E como ele foi o primeiro a começar a fumar entre nós, e era um pouco esquentado... ganhou o apelido de hominho;  e eu por estar começando a usar óculos, passei a ser chamado de super-man; por causa da semelhança dos meus óculos com o do herói do filme quando estava disfarçado.
De lá pra cá tive muitos apelidos; maioria por conhecidência com nomes de super heróis. Hoje sou calango; por causa de um palpite de jogo que meu irmão deu a um jogador.  E depois de passado por muita coisa, vivenciado muita coisa, e ter sobrevivido a todo o sofrimento. Conclui que é besteira, que meu nome não tem nada a ver com meus tropeços e acertos; e que rejeita-lo só iria dar mais credito a supertição. E o que mais importa é nossa personalidade diante da vida. Chame-se você como for não tenha vergonha ou preconceito com seu nome;  e sim busque dar personalidade a ele. Pois no final das contas: o que vale é a nossa  personalidade diante da vida. E a vida: só pede nós um pouco de ação; para continuar em movimento; para que venham outros josés, outras Marias.

José Correia Paz 

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